Publicado 12/09/2021 15:51
Rio - A direção jurídica da Arquidiocese do Rio de Janeiro informou que vai entrar com uma representação criminal após o padre Omar Raposo, reitor do Santuário Cristo Redentor, ter sido barrado por seguranças do Parque Nacional da Tijuca, na manhã deste sábado, 11, quando chegava para realizar um batizado na capela localizada sob os pés da estátua.
"Impedir a Arquidiocese de acessar o santuário religioso, impedir o padre Omar de acessar o Santuário Cristo Redentor para uma celebração religiosa é extremamente grave, é inconstitucional, é crime previsto no Código Penal. A Arquidiocese terá que tomar providências através de uma representação criminal", afirmou a diretora jurídica da Arquidiocese do Rio, Claudine Millione.
De acordo com o sacerdote, ele foi barrado por seguranças do Parque Nacional da Tijuca na guarita de acesso, na Estrada das Paineiras. A cerimônia estava marcada para às 7h30, mas nem o padre Omar, a criança e os familiares foram autorizados a subir.
Por conta do ocorrido, a Arquidiocese do Rio emitiu uma nota de repúdio contra o ICMBio, que administra o Parque Nacional da Tijuca, e classificou a situação como constrangedora. Segundo os religiosos, o ICMBio estaria cometendo atos hostis contra o Santuário Cristo Redentor de maneira recorrente, e que o episódio deste sábado não foi um caso isolado.
No documento, a Arquidiocese do Rio conta que, no último dia 3, convidados não puderam chegar no templo para realizar uma celebração litúrgica. Na ocasião, o Parque Nacional da Tijuca teria vetado, inclusive, a distribuição de água aos populares. Segundo a Arquidiocese, o ICMBio é uma autarquia em regime especial, vinculada ao Ministério do Meio Ambiente, contra a Arquidiocese de São Sebastião do Rio de Janeiro.
Procurado por O DIA para comentar sobre a representação criminal, o ICMBio não respondeu até a última atualização desta reportagem.
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