Publicado 17/10/2021 18:17 | Atualizado 17/10/2021 18:29
Rio - Desde o dia 1º de janeiro deste ano, até o dia 16 de outubro, 100 pessoas foram atingidas por balas perdidas no Grande Rio. De acordo com o levantamento realizado pelo Instituto Fogo Cruzado, a média é de dez vítimas por mês em 2021, período que já contabiliza 23 mortos e 77 feridos em situações em que as vítimas não tinham nenhuma ligação, participação ou influência com a ocasião em que foram alvo dos disparos de arma de fogo.
Os últimos dois casos foram registrados neste sábado (16), quando duas pessoas foram baleadas durante uma perseguição da Polícia Rodoviária Federal (PRF) à criminosos que tentaram roubar uma carga no quilômetro 111 do Arco Metropolitana. Os bandidos chegaram a sequestrar um funcionário da empresa de transporte que acompanhava a carga. Na Avenida Brasil, na altura de Vigário Geral, uma troca de tiros na tentativa de abordagem do veículo atingiu as duas vítimas, que foram socorridas para o Hospital Estadual Getúlio Vargas, na Penha.
Segundo o Fogo Cruzado, este tipo de violência afeta a população de diferentes formas, impactando diretamente na rotina da população. Ainda neste sábado, um confronto entre policiais militares do Batalhão de Ações com Cães (BAC) e criminosos paralisou por duas horas a circulação do ramal Saracuruna e os trens circularam somente entre as estações Central do Brasil e Penha, e entre Saracuruna e Duque de Caxias. Entre janeiro a setembro, os tiroteios já impactaram a operação da SuperVia 24 vezes, com interrupções totais ou parciais, totalizando mais de 26 horas de alterações.
Ainda de acordo com o levantamento, entre as vítimas de bala perdida, 53 delas foram atingidas em ações e operações policiais. No número de baleados neste ano, estão cinco crianças, com menos de 12 anos, e cinco adolescentes, com idades entre 12 anos e 18 anos incompletos. Os idosos também foram alvo de violência, com 21 atingidos por balas perdidas, sendo 12 deles na Região Metropolitana do Rio. Os homens foram os mais afetados, representando 58% dos atingidos (58) e as mulheres foram 38% das vítimas (38). Somente quatro delas não tiveram o gênero identificado.
"Quem sobrevive, além das marcas físicas, é obrigado a conviver com a insegurança de circular pela região que sempre esteve habituado, além de estar suscetível a uma série de transtornos mentais, com quadros como depressão, ansiedade e síndrome do pânico. As manifestações mais graves, no entanto, estão associadas aos casos de estresse pós-traumático, bem comum em situações de guerra, mas que aparece também em cidades com altos índices de violência incluindo tiroteios inesperados, como os que ocorrem no Rio de Janeiro", diz a pesquisa.
Os municípios que registraram vítimas de bala perdida neste foram a capital fluminense, com 47 vítimas, sendo 29 na Zona Norte; nove no Centro; sete na Zona Oeste e dois na Zona Sul; São Gonçalo, com 43 casos; Niterói, com outros quatro; dois em Belford Roxo; e um caso cada em Duque de Caxias, Mesquita, Queimados e Maricá.
Segundo o Fogo Cruzado, este tipo de violência afeta a população de diferentes formas, impactando diretamente na rotina da população. Ainda neste sábado, um confronto entre policiais militares do Batalhão de Ações com Cães (BAC) e criminosos paralisou por duas horas a circulação do ramal Saracuruna e os trens circularam somente entre as estações Central do Brasil e Penha, e entre Saracuruna e Duque de Caxias. Entre janeiro a setembro, os tiroteios já impactaram a operação da SuperVia 24 vezes, com interrupções totais ou parciais, totalizando mais de 26 horas de alterações.
Ainda de acordo com o levantamento, entre as vítimas de bala perdida, 53 delas foram atingidas em ações e operações policiais. No número de baleados neste ano, estão cinco crianças, com menos de 12 anos, e cinco adolescentes, com idades entre 12 anos e 18 anos incompletos. Os idosos também foram alvo de violência, com 21 atingidos por balas perdidas, sendo 12 deles na Região Metropolitana do Rio. Os homens foram os mais afetados, representando 58% dos atingidos (58) e as mulheres foram 38% das vítimas (38). Somente quatro delas não tiveram o gênero identificado.
"Quem sobrevive, além das marcas físicas, é obrigado a conviver com a insegurança de circular pela região que sempre esteve habituado, além de estar suscetível a uma série de transtornos mentais, com quadros como depressão, ansiedade e síndrome do pânico. As manifestações mais graves, no entanto, estão associadas aos casos de estresse pós-traumático, bem comum em situações de guerra, mas que aparece também em cidades com altos índices de violência incluindo tiroteios inesperados, como os que ocorrem no Rio de Janeiro", diz a pesquisa.
Os municípios que registraram vítimas de bala perdida neste foram a capital fluminense, com 47 vítimas, sendo 29 na Zona Norte; nove no Centro; sete na Zona Oeste e dois na Zona Sul; São Gonçalo, com 43 casos; Niterói, com outros quatro; dois em Belford Roxo; e um caso cada em Duque de Caxias, Mesquita, Queimados e Maricá.
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