Publicado 30/11/2021 12:28
Rio - Moradores da comunidade do Mandela colocaram fogo em destroços, na Rua Leopoldo Bulhões, na Zona Norte do Rio, após a megaoperação que destruiu os lava-jatos clandestinos da região. A operação foi realizada pela 21ªDP (Bonsucesso), nesta terça-feira, em conjunto com a Polícia Militar e com a Prefeitura do Rio. Durante as investigações, policiais constataram que a atividade era explorada pelo tráfico de drogas da região. Além disso, os estabelecimentos utilizavam água e energia furtadas. Na ação, ao menos 18 pessoas foram detidas e sete foram presas.
Diego Vaz, subprefeito da Zona Norte, disse que a prefeitura compreende o momento de dificuldade financeira dos moradores das comunidades e em toda a cidade do Rio, mas que é preciso combater a expansão do domínio de grupos criminosos.
"A gente entende o momento econômico da cidade, entendemos toda a dificuldade que as pessoas estão passando, sabemos que dentro das comunidades pessoas precisam trabalhar, mas infelizmente a força do poder paralelo se usa dessa dificuldade, desse momento infeliz que a gente vive para poder usar as pessoas mais vulneráveis", explicou.
Hilton Alonso, titular da delegacia de Bonsucesso, disse que a unidade utilizou um drone para contabilizar os lava-jatos da região. Ao todo, são 83 estabelecimentos ilegais, alguns deles também são utilizados como ponto de venda de drogas. "As pessoas que param o carro para lavar, aproveitam e compram a droga de forma tranquila e sem precisar entrar na favela", explicou. Em um dos pontos os policiais encontraram um pé de maconha.
Segundo a Polícia Civil, o tráfico de drogas explora os lava-jatos para aumentar a arrecadação. Criminosos cobram uma taxa de R$ 30 por cada estabelecimento, semanalmente. Ainda de acordo com as investigações, aqueles que se intitulam "donos do ponto" também cobram um valor pelo uso do espaço.
A Guarda Municipal, a Secretaria de Conservação, além da Secretaria de Ordem Pública (Seop) e da Comlurb também atuam no local.
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