Cristiane Isidoro de SouzaCléber Mendes / Agência O Dia
Publicado 14/12/2021 18:21 | Atualizado 14/12/2021 18:42
Rio - Ex-assessora de Jairinho e amiga da família há pelo menos 30 anos, Cristiane Isidoro foi a quinta testemunha a ser ouvida nesta terça-feira (14) durante audiência do Caso Henry no Tribunal de Justiça do Rio. Ela, que fala em defesa de Jairinho desde às 16h, reforçou que de "assessora de Jairinho" tornou-se "assessora de Leniel", alegando que estava ajudando o pai de Leniel nos trâmites de velório e sepultamento. Pessoas ligadas ao pai de Henry, que acompanham a audiência, se manifestaram ironizando a fala emocionada de Cristiane neste momento.
Além disso, a mulher afirmou que não houve faxina após a madrugada da morte da criança. Ela ainda criticou a perícia que foi feita no dia do óbito no apartamento do casal.
"É mentira que teve faxina. Estava cheio de cabelo de Monique no banheiro do apartamento", afirmou Cristiane. A amiga da família de Jairinho contou que levou Monique Medeiros do hospital para casa no dia 8 de março deste ano e ouviu quando a mãe do menino ligou para Rosângela, a diarista, e a dispensou do trabalho. Apesar disso, ao chegar no andar do apartamento, Cristiane e Monique se depararam com a diarista. No depoimento, Cristiane contou que Monique desfaleceu neste momento. Enquanto a testemunha relatava a chegada do casal no apartamento, Monique, sentada no banco dos réus, caiu no choro.
Cristiane criticou o trabalho da perícia: "Foi uma perícia de 15 minutos. Não foi tirado nada do lugar. A dona Rosângela não tinha trocado roupa de cama. Não tinha mexido em nada. Entraram no banheiro e tiraram fotos", declarou. A ex-assessora de Jairinho disse que a única alteração do apartamento foi o recolhimento de porta-retratos com fotos de Henry.
A ex-assessora também mencionou que ao ver o corpo de Henry no Hospital Barra D'Or, notou apenas um ferimento no nariz. "Com exceção da ferida no nariz, não tinha nada. Perguntei à enfermeira e ela disse que poderia ter sido causado no momento da intubação", afirmou durante a audiência.

A testemunha chamou atenção para o fato de que as câmeras do hospital não estavam funcionando. "Se estivessem funcionando, a senhora poderia confirmar", disse se dirigindo à juíza Elizabeth Machado Louro, da 2ª Vara Criminal da Capital.
Interrogada pelo promotor, Cristiane negou ter conhecimento de que Jairo e Monique tivessem um relacionamento abusivo. Ela também negou ter notícias de que Jairinho tenha destratado crianças. Após a morte de Henry, segundo a versão da testemunha, Monique afirmou, a caminho da gravação do programa "Fantástico", da TV Globo, que Jairinho desfaria uma vasectomia e manifestou o desejo de casar com o parlamentar no papel e ter um filho com ele.
A ex-assessora afirmou que Coronel Jairo, pai de Jairinho, foi seu primeiro patrão, quando ela tinha 15 anos. 
Leia mais