Monique e Jairinho em audiência nesta terça-feiraMarcos Porto / Agência O Dia

Rio - O julgamento do ex-vereador Jairinho e da ex-companheira Monique Medeiros começou com mais de uma hora de atraso pois os réus, que estão presos, demoraram para chegar ao Tribunal de Justiça do Rio. A audiência estava prevista para começar às 9h30 desta terça-feira, mas só iniciou por volta de 11h. Dez testemunhas relacionadas pelas defesas serão ouvidas entre hoje e amanhã (quarta-feira). Ambos são julgados pela morte do menino Henry Borel, de 4 anos, filho de Monique e enteado de Jairinho, no dia 8 de março.
A data para o interrogatório de Jairinho e Monique será marcada no fim da audiência desta quarta, após o depoimento das testemunhas. Logo depois, serão apresentadas as alegações finais da acusação e da defesa. A fase seguinte será o julgamento pelo júri popular. Caso a juíza entenda que não houve intenção de matar, o caso será redistribuído.
Dentre as pessoas que serão ouvidas nesta terça, estão Thiago K. Ribeiro, membro do Tribunal de Contas do Município (TCM), amigo de Jarinho e testemunha de defesa do ex-parlamentar, e Tereza Cristina dos Santos, cabeleireira de Monique e testemunha de acusação.
Presos desde 8 de abril, um mês após a morte do menino, Monique e Jairinho foram denunciados pelo Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ) por homicídio qualificado (por motivo torpe, com recurso que dificultou a defesa da vítima e impingiu intenso sofrimento, além de ter sido praticado contra menor de 14 anos), tortura, coação de testemunha, fraude processual e falsidade ideológica.
Nesta segunda, a juíza Elizabeth Machado Louro, da 2ª Vara Criminal da Capital, aceitou o pedido da defesa para a elaboração de um exame psicológico do Dr. Jairinho. Os advogados do ex-vereador fizeram a solicitação no último dia 29 de novembro.
Os profissionais que farão a análise serão indicados pela defesa de Jairinho. O ex-parlamentar deve passar por entrevistas e aplicação de testes psicológicos. A defesa pediu que as avaliações sejam realizadas durante três dias entre 9h e 17h na Penitenciária Bangu 8.
Colaborou Jenifer Alves