Laje do Muriaé Eliane Carvalho/GovRJ

Um dos maiores desafios enfrentados na esfera mundial é a falta de moradia. Só no Estado do Rio de Janeiro, estima-se que 500 mil cidadãos fluminenses ainda almejam a tão sonhada chave da casa própria. Para reduzir o déficit e contemplar os cadastrados no aluguel social - benefício que é pago para 6,5 mil famílias -, o Governo do Estado lançou o programa habitacional Casa da Gente.
Com investimento total de R$6,5 bilhões, o programa inclui a construção de 50 mil unidades habitacionais nos próximos 5 anos, sendo as 10 mil primeiras contratadas até o fim de 2022. A expectativa é que sejam geradas mais de 57 mil vagas de emprego, reaquecendo o setor da construção civil, um dos mais afetados pela pandemia da Covid-19.
Entre os primeiros empreendimentos beneficiados pelo Casa da Gente estão o Conjunto Granja Disco, em Areal, e a localidade de Boa Vista, em Laje do Muriaé, cujas obras já foram retomadas pelo Governo do Estado.
"Estamos retomando obras de unidades habitacionais paralisadas e/ou inacabadas, demandas oriundas de chamamentos públicos que foram distratadas, realocação de vítimas da tragédia da Região Serrana, beneficiários do aluguel social e cumprimento de ações civis públicas. Estamos investindo em moradias mais dignas, com toda a infraestrutura necessária para garantir qualidade de vida para as famílias beneficiadas", explicou o governador Cláudio Castro.
Executado pela Secretaria de Estado de Infraestrutura e Obras e suas instituições vinculadas, o Casa da Gente inclui ainda assistência técnica, com a assessoria de arquitetos e engenheiros, fruto da uma parceria com a UERJ, para 10 mil famílias, melhorias habitacionais em 5 mil moradias em comunidades populares e a reforma de 60 conjuntos com mais de uma década de existência.
"O governo não vai apenas construir novas moradias, irá recuperar unidades habitacionais que foram inauguradas há décadas. Também irá concluir as obras de unidades habitacionais que estão paralisadas", destacou o secretário de Infraestrutura e Obras, Max Lemos.
O projeto vai beneficiar pessoas como a aposentada Maria Nereide Pereira, de 76 anos, moradora do Condomínio Engenho da Rainha desde a sua fundação, há mais cinco décadas.
"Tem prédios aqui que estão muito deteriorados e as pessoas não têm condições para reformar, então essa obra será muito bem-vinda. Temos muitas crianças, jovens, e as áreas de lazer sendo melhoradas será ótimo para todos nós. Essa reforma chegará na hora certa", avaliou Maria Nereide.
Cada unidade habitacional terá área mínima de 45m² e máxima de 50m², com dois quartos, sala, cozinha, banheiro e área de serviço, podendo ser adaptável para pessoas com deficiência. Serão beneficiadas famílias com renda de até R$ 2 mil e que se enquadrem em critérios estabelecidos nas diretrizes sociais.
Regiões beneficiadas
Há projetos para construção de unidades habitacionais em todas as regiões. Apenas na capital, estão previstas 2,8 mil unidades, entre elas demandas reprimidas do Complexo do Alemão e do Jacarezinho. Já na Baixada Fluminense, serão 2 mil moradias. Estão incluídas ainda 300 unidades habitacionais em São Gonçalo, 250 em Itaboraí e 100 em Tanguá.
Na Região Serrana, serão construídas 1.088 casas para atender às vítimas das chuvas de dezembro de 2011. No Médio Paraíba, estão previstas 932 unidades e no Centro-Sul outras 700. No Noroeste Fluminense, serão erguidas 800 moradias e no Norte 630. Na Costa Verde, 200, e na e Região dos Lagos, mais 200.