Publicado 15/12/2021 11:31 | Atualizado 15/12/2021 14:01
Rio - A Delegacia de Homicídios da Baixada Fluminense (DHBF) prendeu dois homens em ação para localizar o "Russo", acusado de participar do sequestro e assassinato de Marcos Winícius Tomé Coelho Lima, que segue foragido. A operação aconteceu nesta terça-feira, 14, na Ilha do Governador, Zona Norte do Rio.
Um dos presos foi o pai do Russo, que estava em um dos endereços ligados ao filho. Com ele, os agentes apreenderam uma Carteira Nacional de Habilitação (CNH), uma identidade e um documento funcional da Prefeitura de São Gonçalo, todos falsificados. Ele tem 15 anotações criminais por associação criminosa e roubo, em sua maioria de carga. Além dele, os agentes também prenderam um homem por posse ilegal de arma de fogo.
Marcos Winícius, 20 anos, era estudante de farmácia da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). Ele foi sequestrado na Urca, bairro da Zona Zul carioca, em outubro de 2020, morto e seu corpo encontrado no município de Nova Iguaçu, na Baixada Fluminense. De acordo com as investigações, pouco antes das 22h do dia 8 de outubro, um veículo conduzido por dois criminosos cercou Marcos, que andava com uma bicicleta elétrica na Urca, bairro onde morava. Os ocupantes do carro desceram, renderam o rapaz e o levaram embora, indo em direção ao Rio Comprido, na Região Central da Cidade, onde Marcos foi morto.
Roubo de drogas motivou assassinato
As investigações da Delegacia de Homicídios da Baixada Fluminense, responsável pelo caso, apontam que Marcos e um amigo participaram de uma negociação para comprar uma quantidade de droga, avaliada em R$ 80 mil. No entanto, segundo os agentes, a intenção da dupla era roubar o carregamento. No dia da entrega, o amigo de Marcos e outras três pessoas se encontraram com os traficantes, no bairro Copacabana, e roubaram a droga. Em seguida foram para um hotel comemorar o assalto e encontraram Marcos, embora ele não tivesse participado do roubo.
Esse grupo já vinha realizando ações semelhantes no Rio de Janeiro e em outros estados, sendo conhecidos como “boteiros”. Os acusados simulavam a compra de grande quantidade de drogas e roubavam a carga no momento da entrega. Também faziam o inverso, realizando a venda de uma carga de drogas que não existia e roubavam o dinheiro do comprador na hora da entrega. Segundo a DHBF, o roubo da droga foi o que motivou o assassinato de Marcos Vinícius Tomé Coelho Lima.
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