Publicado 15/12/2021 18:02 | Atualizado 15/12/2021 18:04
Rio - A psicóloga Elisa da Costa foi impedida de prestar depoimento e dispensada pela juíza Elizabeth Machado Louro. Elisa havia sido arrolada como testemunha pela defesa de Monique e veio do Rio Grande do Sul para ser ouvida, nesta quarta-feira, no terceiro dia de instrução e julgamento do processo que apura a morte de Henry Borel, em que Monique e o ex-namorado Dr. Jairinho são réus.
Elisa disse que foi contratada pela defesa de Monique para compor um histórico psicológico de Monique. E que entrevistou pessoas da rede de relacionamentos dela, o que resultou em mais de 40 horas de gravação.
"São os fatos que eu quero trazer aqui para ajudar a defesa da Monique", disse Elisa.
"Fatos não. São versões a que a senhora teve acesso", retrucou a juíza.
Elisa comentou que o trabalho que estava desenvolvendo de aplicação de testes psicológicos não chegou a ser concluído por questões técnicas.
O comentário gerou protestos por parte da acusação, já que Elisa foi arrolada como testemunha de defesa e não como psicóloga profissional.
"Estamos diante de uma aberração jurídica. Essa pessoa (Elisa) é um híbrido, não sabemos se é perita ou testemunha. Ela foi contratada para fazer um laudo psicológico, não concluiu o trabalho e se tornou testemunha? Isso não existe no ordenamento processual", questionou o advogado Igor de Carvalho, de acusação.
"Qual é o receio diante do que ela tem a falar?", disse Hugo Novais, que defende Monique.
"Não é receio. Não sabemos o que ela é. Não há como enquadrá-la no ordenamento processual", respondeu Igor de Carvalho.
Quando Elisa disse nunca ter conhecido Monique, a juíza decidiu dispensá-la sem que ela prestasse depoimento.
"A senhora está dispensada, dona Elisa. Desculpe qualquer transtorno".
Relembre o caso
Henry Borel tinha 4 anos e morreu na madrugada do dia 8 de março deste ano, após dar entrada na emergência do Hospital Barra D'Or, na Barra da Tijuca, na Zona Oeste do Rio. As investigações e os laudos da Polícia Civil apontaram que a criança morreu em decorrência de agressões e torturas.
O padrasto, Dr. Jairinho, e a mãe do menino, Monique Medeiros, foram indiciados pelo crime. O casal responde pelos crimes de homicídio triplamente qualificado, tortura e coação de testemunhas. Para a polícia, a mãe de Henry Borel era conivente com as agressões do namorado contra o filho.
Henry Borel tinha 4 anos e morreu na madrugada do dia 8 de março deste ano, após dar entrada na emergência do Hospital Barra D'Or, na Barra da Tijuca, na Zona Oeste do Rio. As investigações e os laudos da Polícia Civil apontaram que a criança morreu em decorrência de agressões e torturas.
O padrasto, Dr. Jairinho, e a mãe do menino, Monique Medeiros, foram indiciados pelo crime. O casal responde pelos crimes de homicídio triplamente qualificado, tortura e coação de testemunhas. Para a polícia, a mãe de Henry Borel era conivente com as agressões do namorado contra o filho.
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