Publicado 15/12/2021 19:45
Rio - Última pessoa a prestar depoimento nesta quarta-feira, Rosângela Medeiros, mãe de Monique Medeiros, afirmou que acredita que o neto Henry Borel tenha sofrido agressões na noite em que morreu, em 8 de março. A afirmação foi em resposta a um questionamento da juíza Elizabeth Louro, que marcou os interrogatório de Monique e Jairinho para o dia 9 de fevereiro.
A pergunta foi feita pela magistrada ao fim do depoimento, depois de Rosângela ter repetido por seguidas vezes que Henry nunca tinha sofrido agressões.
"O Henry ficava lá em casa e eu sempre dava banho nele. Nunca vi nenhuma marca de machucado, de ferimento. Antes de tomar banho, tinha horas em que ele saia correndo pelado pela casa. Ninguém nunca viu nenhum ferimento. O Henry tinha o corpo branquinho, qualquer manchinha roxa iria aparecer", disse Rosângela, que também disse nunca ter ouvido de Henry qualquer relato sobre agressões:
"Ele nunca comentou nada. Ele teve cinco sessões com a psicóloga e ela também nunca sinalizou para qualquer problema nesse sentido".
No fim do depoimento, a juíza Elizabeth Louro lembrou que as lesões que causaram a morte de Henry foram internas e, por isso, não visíveis.
"As lesões que causaram a morte do menino foram internas, que só poderiam ter sido reveladas se ele falasse. A senhora, porém, por razões óbvias, não teve mais contato com a criança para que ela pudesse eventualmente relatar alguma agressão. A senhora, então, acredita que o Henry possa ter sido agredido na fatídica noite de sua morte?", perguntou a juíza.
"Eu acredito que sim", disse Rosângela
Relembre o caso
Henry Borel tinha 4 anos e morreu na madrugada do dia 8 de março deste ano, após dar entrada na emergência do Hospital Barra D'Or, na Barra da Tijuca, na Zona Oeste do Rio. As investigações e os laudos da Polícia Civil apontaram que a criança morreu em decorrência de agressões e torturas.
O padrasto, Dr. Jairinho, e a mãe do menino, Monique Medeiros, foram indiciados pelo crime. O casal responde pelos crimes de homicídio triplamente qualificado, tortura e coação de testemunhas. Para a polícia, a mãe de Henry Borel era conivente com as agressões do namorado contra o filho.
Henry Borel tinha 4 anos e morreu na madrugada do dia 8 de março deste ano, após dar entrada na emergência do Hospital Barra D'Or, na Barra da Tijuca, na Zona Oeste do Rio. As investigações e os laudos da Polícia Civil apontaram que a criança morreu em decorrência de agressões e torturas.
O padrasto, Dr. Jairinho, e a mãe do menino, Monique Medeiros, foram indiciados pelo crime. O casal responde pelos crimes de homicídio triplamente qualificado, tortura e coação de testemunhas. Para a polícia, a mãe de Henry Borel era conivente com as agressões do namorado contra o filho.
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