Publicado 22/12/2021 12:59
Rio - A desembargadora do plantão Judiciário Daniela Brandão Ferreira concedeu, na terça-feira (21), liberdade provisória à inspetora da Polícia Civil Carla Patrícia Novaes da Silva Melo, autora do disparo que matou a universitária Isadora Calheiros Gomes, no fim de novembro, em Queimados. A briga aconteceu pela descoberta de um relacionamento extraconjugal. Carla chegou a se apresentar à polícia na terça, após ter a prisão preventiva decretada, mas conseguiu liberdade. Carla deverá comparecer a cada 15 dias à Justiça, e utilizará tornozeleira eletrônica.
Na decisão, a desembargadora argumenta que Carla possui "bons antecedentes", e que a inspetora "vem respondendo de forma colaborativa no curso do inquérito". "Por isso que, ao menos por ora, tenho por
essencial a adoção da hipótese mais benéfica possível, a indicar que a medida cautelar de prisão preventiva se mostre desproporcional", detalhou a desembargadora.
essencial a adoção da hipótese mais benéfica possível, a indicar que a medida cautelar de prisão preventiva se mostre desproporcional", detalhou a desembargadora.
O DIA teve acesso ao laudo de exame de corpo de delito realizado por Carla, no dia 30 de novembro. O documento aponta que a inspetora da polícia também foi agredida por Isadora. Carla afirmou ter sido vítima de "agressão a empurrões, puxões de cabelo, tapas e socos na porta de sua residência". O laudo aponta "equimoses", espécie de hematomas, no braço esquerdo, no cotovelo direito e nas coxas, por ação contundente.
Descoberta de relacionamento extraconjungal motivo série de discussões
A morte de Isadora aconteceu na manhã do dia 26 de novembro, em frente a casa da inspetora de polícia, em Queimados, na Baixada Fluminense. Investigações apontaram que o crime foi cometido após uma série de discussões entre Isadora e Carla, motivadas pela descoberta de um relacionamento extraconjugal entre a vítima e o marido da policial.
Momentos após o crime, Carla entregou sua pistola calibre 40, através de seu advogado, para a Delegacia de Homicídios da Baixada Fluminense (DHBF), responsável pelo caso. Três dias depois, a agente compareceu na especializada e, em depoimento, confessou ter atirado contra a cabeça de Isadora.
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