Publicado 27/12/2021 12:49
Rio - O número de crianças e adolescentes desaparecidos no estado do Rio quase dobrou nos últimos dois anos. Os registros foram de 90 casos em 2019 para 148 em 2020. Já neste ano, foram contabilizados 172 casos até a última terça-feira, 21, o equivalente a um aumento de 91% em relação a 2019. Os dados são da Fundação para a Infância e Adolescência (FIA-RJ) e também mostram que nove em cada dez jovens foram encontrados ou retornaram para as suas casas.
Um dos casos mais conhecidos ocorreu há exatamente um ano, em 27 de dezembro de 2020, quando Lucas Matheus, de 9 anos, Alexandre Silva, de 11, e Fernando Henrique, de 12, desapareceram no Morro do Castelar, em Belford Roxo, na Baixada Fluminense. Eles foram vistos pela última vez indo para a Feira de Areia Branca.
Somente neste mês de dezembro, a Polícia Civil encerrou o caso e desvendou que traficantes do Comando Vermelho estavam por trás do sumiço dos meninos. Foram cumpridos 51 mandados de prisão por crime de associação para o tráfico e cinco mandados por homicídio qualificado.
Conforme O DIA revelou em reportagem exclusiva, criminosos do Comando Vermelho assumiram que "há indícios da morte das criancinhas" no Castelar. Até então, em outubro deste ano, os bandidos culpavam a milícia pelas mortes.
Segundo as investigações da Delegacia de Homicídios de Belford Roxo (DHBF), as crianças foram condenadas por um tribunal do tráfico depois de supostamente terem roubado um passarinho do tio de Wiler Castro da Silva, o Stala, gerente do tráfico no Comando Vermelho.
No dia da morte dos meninos, Stala estaria sob efeito de drogas e, ao saber do sumiço do pássaro, determinou um "corretivo" nas crianças. Quando um dos meninos não resistiu às agressões, os outros dois também foram mortos. A decisão teria sido tomada sem o consentimento do chefe do tráfico no Castelar, José Carlos dos Prazeres, conhecido como Piranha.
Os corpos dos meninos ainda são procurados pela polícia.
Somente neste mês de dezembro, a Polícia Civil encerrou o caso e desvendou que traficantes do Comando Vermelho estavam por trás do sumiço dos meninos. Foram cumpridos 51 mandados de prisão por crime de associação para o tráfico e cinco mandados por homicídio qualificado.
Conforme O DIA revelou em reportagem exclusiva, criminosos do Comando Vermelho assumiram que "há indícios da morte das criancinhas" no Castelar. Até então, em outubro deste ano, os bandidos culpavam a milícia pelas mortes.
Segundo as investigações da Delegacia de Homicídios de Belford Roxo (DHBF), as crianças foram condenadas por um tribunal do tráfico depois de supostamente terem roubado um passarinho do tio de Wiler Castro da Silva, o Stala, gerente do tráfico no Comando Vermelho.
No dia da morte dos meninos, Stala estaria sob efeito de drogas e, ao saber do sumiço do pássaro, determinou um "corretivo" nas crianças. Quando um dos meninos não resistiu às agressões, os outros dois também foram mortos. A decisão teria sido tomada sem o consentimento do chefe do tráfico no Castelar, José Carlos dos Prazeres, conhecido como Piranha.
Os corpos dos meninos ainda são procurados pela polícia.
*Estagiária sob supervisão de Raphael Perucci
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