Publicado 28/12/2021 15:59
Rio - O secretário estadual de Saúde do Rio, Alexandre Chieppe, afirmou, na tarde desta terça-feira (28), que não irá exigir atestado médico para vacinar crianças de 5 a 11 anos contra a covid-19. A declaração acontece após o fala do ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, afirmar que a vacinação para este grupo seria autorizada apenas com prescrição médica e um "termo de consentimento livre esclarecido".
Procurada pelo DIA, a Secretaria Estadual de Saúde (SES) disse que a exemplo do que já acontece com todos os imunizantes do calendário nacional de vacinação, "não será necessária apresentação de prescrição médica para imunização de crianças no estado do Rio".
Além disso falou que entende que, "à luz das evidências atuais e dos conhecimentos já adquiridos sobre as vacinas para a covid-19, os benefícios da vacinação na população de crianças de 5 a 11 anos, com a vacina da Pfizer, superam os eventuais riscos associados à vacinação, no contexto atual da pandemia".
De acordo com o Ministério da Saúde, a formalização para dar início a imunização nessa faixa etária deve ser estabelecida em 5 de janeiro. "Assim como aconteceu em outras faixas etárias, a vacinação de crianças deverá priorizar grupos com deficiência permanente ou comorbidades, além de crianças que vivam no lar com pessoas com alto risco de evolução grave de covid-19", afirmou, em nota.
Nas crianças sem comorbidades será realizada a imunização por faixa etária: de 10 a 11 anos, de 8 a 9 anos, de 6 a 7 anos e de 5 anos.
Apesar da afirmação de Queiroga, de que crianças só iriam se vacinar com prescrição médica, na manhã da última sexta-feira (24), o Conselho Nacional de Secretarias de Saúde (Conass) divulgou uma "carta de Natal às crianças do Brasil" confirmando que nenhum estado exigirá atestado para a vacinação infantil contra o coronavírus.
O governador do Rio, Cláudio Castro, reforçou que irá levar os filhos para que eles possam ser imunizados. Em entrevista à Rádio Tupi, o chefe de estado disse que fará de tudo para proteger as crianças.
"Eu vou autorizar a vacinação dos meus filhos. Tudo que for para proteger as crianças, eu farei. Vacinem os seus filhos", afirmou Castro.
O prefeito do Rio, Eduardo Paes, também já tinha se manifestado sobre o assunto. Em suas redes sociais, ele alegou que o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) aponta como atribuição do Sistema Único de Saúde (SUS) a prevenção de doenças na população infantil a partir de vacinação.
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