Crianças vão entrar no calendário de vacinação contra Covid-19Reprodução

Rio - O prefeito do Rio, Eduardo Paes, afirmou em publicação no Twitter, nesta sexta-feira, que não será exigido atestado médico para vacinar crianças contra a Covid-19 na cidade. Ele disse se basear no parágrafo do artigo 14 do Estatuto da Criança e do Adolescente. Também nesta sexta-feira, Paes comemorou o fato do Rio ter atingido o menor nível de internação pela doença desde o início da pandemia.
A declaração sobre a vacinação em crianças acontece após o fala do ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, afirmar que a vacinação contra a Covid-19 para crianças de cinco a 11 anos será autorizada, mas com prescrição médica e um "termo de consentimento livre esclarecido". No entanto, após reunião entre os secretários estaduais de Saúde na manhã desta sexta-feira, o Conselho Nacional de Secretarias de Saúde (Conass) divulgou uma "carta de Natal às crianças do Brasil" confirmando que nenhum estado exigirá prescrição médica para a vacinação infantil contra a covid-19.
A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) aprovou a vacina da Pfizer para crianças de 5 a 11 anos de idade no dia 16 de dezembro. Já o Ministério da Saúde preferiu abrir uma consulta pública sobre a exigência de prescrição médica para que milhões de crianças brasileiras possam ser imunizadas. Embora as estatísticas da própria pasta mostrem que 1 criança nessa faixa etária morreu a cada 2 dias por covid-19 desde o início da pandemia, o ministro Marcelo Queiroga chegou a dizer nesta semana que não há "emergência" para vaciná-las.
Menor taxa de internação por Covid-19 desde o início da pandemia
Segundo dados da Secretaria Municipal de Saúde (SMS), disponibilizados nesta sexta-feira, a cidade do Rio tem 0,2% dos leitos da rede municipal ocupados por paciente por Covid-19. Este é o menor nível de internação desde o início da pandemia. Paes, comemorou a marca registrada. "O melhor presente de Natal que o Rio poderia ter: o menos nível de internados por Covid desde o início da pandemia! Ano que vem, se Deus quiser, vamos superar de uma vez por todas esse pesadelo! Mãos dadas".
Além disso, a taxa de leitos exclusivos para a doença está em 39% de ocupação e 11 pacientes internados nas unidades municipais. Há 1 pessoa na fila de espera, até o início da tarde desta sexta-feira. 
Risco muito baixo de infecção por Covid-19 no Rio 
Pela quarta semana, o Mapa de Risco da Covid-19 aponta que o Rio está com risco muito baixo de infecção pelo novo coronavírus. Divulgado na última quinta-feira (23), o documento mostra uma queda de 55% do número de internação por síndrome respiratória aguda grave (SRAG) e de 42% no número de óbitos.
Em todo estado, a taxa de positividade para a doença é de 1%. O índice considera os testes RT-PCR positivos no período de 19/11 a 20/12. No Rio, a taxa de ocupação de leitos está em 9% para UTI e 8% para enfermaria.Todas as regiões apresentaram uma taxa de ocupação de UTI e enfermaria inferior a 40%.

As regiões Médio Paraíba, Metropolitana I, Metropolitana II e Norte estão classificadas como risco muito baixo; as regiões Baía de Ilha Grande, Baixada Litorânea, Centro-Sul e Noroeste estão classificadas como risco baixo; a Região Serrana está classificada como risco moderado por causa do aumento de óbitos (passou de 2 para 7 óbitos no período analisado).
"Temos um cenário de queda sustentada dos indicadores assistenciais e epidemiológicos. A chegada da Ômicron está sendo monitorada. Esta semana, registramos um caso dessa variante em uma pessoa que chegou dos Estados Unidos. Trata-se de um caso importado. Até o momento, não identificamos circulação dessa variante no estado do Rio de Janeiro. Apesar disso, recomendamos que as pessoas continuem usando máscara em ambientes fechados e também em locais abertos com aglomeração", disse o secretário de Estado de Saúde, Alexandre Chieppe.