Fabrício trabalhava como pintor em Nova Iguaçu, na Baixada FluminenseDivulgação
Polícia Militar instaura inquérito para apurar morte de morador da Pedreira
Fabrício de Souza foi atingindo por um tiro durante confronto, na última terça-feira. Testemunhas afirmam que PMs atiraram mesmo com o rapaz já rendido durante a abordagem
A Secretaria de Estado de Polícia Militar instaurou um inquérito para apurar as circunstâncias do confronto que resultou na morte do morador Fabrício de Souza, 26, durante a troca de tiros com criminosos do Complexo da Pedreira, na Zona Norte do Rio, no início da manhã de terça-feira (21).
Na última quarta-feira (22) as armas dos policiais militares envolvidos no caso foram apreendidas para perícia técnica na Delegacia de Homicídios da Capital (DHC) e os agentes também foram ouvidos.
Fabrício não tinha passagens pela polícia e estava a caminho do trabalho, em Nova Iguaçu, na Baixada Fluminense, onde exercia a função de pintor em uma obra da Cury Construtora. Ele chegou a ser socorrido para a UPA de Costa Barros, mas, de acordo com a direção da UPA, o paciente deu entrada na unidade já em óbito.
Na ocasião, moradores do Complexo da Pedreira relataram ter ouvido PMs do 41º BPM (Irajá) terem confessado que fizeram uma besteira ao atirarem contra Fabrício. Amigos do pintor que moram na mesma comunidade contaram que o rapaz se rendeu ao ser abordado pelos militares, mas que, mesmo assim, foi baleado. A PM não falou sobre a acusação.
Em nota, a Secretaria de Estado de Polícia Militar disse que "instaurou um Inquérito Policial Militar para apurar as circunstâncias do fato e colabora integralmente com as investigações da Polícia Civil".
Já a Polícia Civil afirmou que as investigações estão em andamento na Delegacia de Homicídios da Capital (DHC) para apurar de onde partiu o disparo que atingiu a vítima. E informou também que os agentes realizam diligências em busca de informações que ajudem a esclarecer o caso.
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