Prefeitura reabre posto de vacinação na Cidade das Artes na Barra, nesta segunda feira (10). Na foto, prefeito Eduardo Paes recebe a vacina do secretário de Saúde Daniel SoranzMarcos Porto/Agencia O Dia
Publicado 10/01/2022 11:20
Rio - A cidade do Rio tem atualmente 70 pacientes internados com Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) por covid-19. Esse número cresceu quase seis vezes em apenas 15 dias: no dia 26 de dezembro, a rede pública tinha apenas 12 pessoas internadas. O aumento dos casos graves, no entanto, seguem baixos se comparados ao de casos leves.
O secretário municipal de Saúde, Daniel Soranz, atribui os casos graves à não vacinação. Segundo ele, a rede pública internou, somente no domingo, 11 pacientes que não haviam tomado qualquer dose da vacina, e outros dois que haviam tomado apenas uma.
"A variante Ômicron se comporta de maneira diferente nas pessoas que estão vacinadas e nas pessoas que não estão vacinadas. Nas pessoas vacinadas, é muito, muito raro ter um caso grave de covid-19. Então, nossa preocupação agora é cuidar dos não vacinados, garantir que eles possam se imunizar a tempo e também garantir uma rede assistencial para atendê-los, caso eles tenham um uma situação mais grave", afirmou o secretário.
No recorte de 14 dias, entre os dias 26 de dezembro e 9 de janeiro, houve um aumento de cerca de 500% nos casos de internação. No dia 26, quatro pacientes estavam em enfermaria, e outros oito em UTI. Já no último domingo eram 31 em enfermaria, e 30 em UTI. Nesta segunda-feira, o número de internados está em 70.
As notificações de Síndrome Gripal simples, aquelas que não geraram internação e que podem ser covid, ou influenza, subiram de 29 mil para 55 mil em uma semana. O secretário Daniel Soranz avalia que, apesar do aumento, as internações não acompanham na mesma proporção os casos leves. 
"Obviamente, essa variante dissemina muito mais rápido. Isso aconteceu em todos os países do mundo e não seria diferente no Rio de Janeiro. Toda vez que tem uma entrada de nova variante, muda o cenário, é como se tivesse começando a pandemia novamente. Então a gente tem que analisar como é que ela vai se comportar na população. Felizmente, ela está se comportando com a maioria dos casos leves", avaliou.
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