sepultamento de Rosimery freitas Dario- que morreu após um hidrolipo (procedimento estético) em uma clínica de Caxias. Cleber Mendes / Agencia O Dia
Publicado 27/01/2022 16:08
Rio - Cerca de 150 pessoas foram até o Cemitério Memorial do Rio, em Cordovil, na Zona Norte, na tarde desta quinta-feira, para dar o último adeus à empresária Rosimery de Freitas Dario, de 50 anos. Ela morreu na última terça-feira, menos de 24 horas depois de fazer uma hidrolipo na Clínica Cemear, em Duque de Caxias, na Baixada Fluminense. 

A Polícia Civil está investigando o caso, que foi registrado na 59ª DP (Duque de Caxias), e o Conselho Regional de Medicina do Rio (Cremerj) instaurou uma sindicância para apurar a conduta do médico Ronald Renti da Rocha, responsável pelo procedimento.

O velório de Rosimery começou às 12h30. Cerca de 150 pessoas, entre amigos e familiares, foram se despedir. Uma funcionária do cemitério tocou as músicas 'Love of my life', do Queen, e 'Eu sei que vou te amar', de Tom Jobim e Vinicius de Moraes, no violino e emocionou a todos.

Durante a cerimônia, a sobrinha da empresária, Jéssica Dário, pediu justiça.

"Minha tia era uma pessoa incrível, adorava praia, amava a família, não tinha rancor no coração. Fiz uma tatuagem de uma praia com um por do sol e sempre que eu chegava na casa dela, ela falava que essa era a melhor tatuagem que eu tinha. Morreu de uma forma injusta, por um médico. Eu quero justiça. As pessoas que tiveram problemas em procedimentos estéticos com eles denunciem, coloquem a boca no mundo, para a gente não deixar mais que ninguém morra na mão desse médico, nunca mais", desabafou.
Jane foi uma das familiares que foi para a clínica após Rosimery passa mal. Ela conta que ainda não esqueceu da última e triste vez que viu a prima.

"Parece que ainda estou com a cena na cabeça dele não tendo recursos para salvar a minha prima, dele pedindo perdão, dizendo que tinha feito tudo que pode. Já pensou como é um médico, que cuida de vidas, falar para você que não consegue, que não tem nada mais a ser feito? Ele não fez, ele matou a minha prima. Ele não tinha recursos e mandou ela voltar para lá. Essa clínica tem que ser avaliada. Espero que minha prima não seja mais uma e que ele não exerça mais a profissão. Ele já matou ela, vai matar mais alguém? Espero que isso não fique impune, porque ela não vai voltar mais", lamentou.

O enterro aconteceu às 16h.
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