Publicado 31/01/2022 19:31
Rio - A morte brutal do jovem congolês, assassinado friamente no quiosque Tropicália, na Praia da Tijuca, Zona Oeste do Rio, continua repercutindo entre os grupos e instituições que atendem os refugiados no país. O Programa de Atendimento a Refugiados e Solicitantes de Refúgio da Cáritas (PARES Cáritas RJ), a Agência da ONU para Refugiados (ACNUR) e a Organização Internacional para as Migrações (OIM), informaram que vão acompanhar a morte do congolês Moïse Kabagambe, de 25 anos.
O Abuna, uma organização sem fins lucrativos, também repudiou o ocorrido. " O Abuna repudia este ato de covardia, brutalidade e xenofobia. Nos unimos à família de Moïse e demandamos justiça. Barbáries como esta não podem acontecer. Crimes como este precisam acabar. Nossa oração é por consolo aos familiares da vítima, para que o Espírito Santo enxugue cada lágrima. Neste dia, nós choramos com a querida comunidade congolesa no Brasil".
Moïse chegou ao Brasil ainda criança, acompanhado de seus irmãos. No país, ele e sua família foram reconhecidos como refugiados pelo governo brasileiro. Segundo o Programa, ele era uma pessoa muito querida por toda a equipe do PARES Caritas RJ, que o viu crescer e se integrar.
"O PARES Cáritas RJ, o ACNUR e a OIM estão acompanhando o caso, esperando que o crime seja esclarecido. Neste momento, as organizações apresentam suas sinceras condolências e solidariedade à família de Moïse e à comunidade congolesa residente no Brasil", disse em um comunicado conjunto entre as equipes PARES Cáritas RJ, ACNUR Brasil e OIM Brasil.
Parentes e amigos também pediram rigor na investigação da morte do congolês. "Meu filho cresceu aqui, estudou aqui. Todos os amigos dele são brasileiros. Mas hoje é vergonha. Morreu no Brasil. Quero justiça", afirmou Ivana Lay, mãe de Moïse, em entrevista ao "Bom Dia Rio", da TV Globo.
Relembre o caso
A vítima teria sido agredida até a morte por cinco homens, com pedaços de madeira e um taco de beisebol, após cobrar um pagamento atrasado. Ele foi encontrado em uma escada, amarrado e já sem vida. O crime está sendo investigado pela Delegacia de Homicídios da Capital (DHC).
A DHC disse ao DIA que já ouviu oito pessoas e está analisando as imagens das câmeras de segurança. "Diligências estão em curso para identificar os autores".
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