Publicado 01/02/2022 12:31
Rio - Policiais da 58ª DP (Posse) realizaram uma operação, manhã desta terça-feira, para capturar integrantes de uma milícia de Nova Iguaçu, na Baixada Fluminense, que atacaram os agentes da distrital enquanto eles tentavam prender cobradores do grupo paramilitar. O atentado foi capturado por câmeras de segurança (confira abaixo).
O investigadores tinham o objetivo de cumprir sete mandados de prisão temporária por tentativa de homicídio e 12 de busca e apreensão, expedidos pela 4ª Vara Criminal de Nova Iguaçu. Três suspeitos foram presos na ação e dois mandados foram cumpridos contra suspeitos que já se encontram na cadeia.
O investigadores tinham o objetivo de cumprir sete mandados de prisão temporária por tentativa de homicídio e 12 de busca e apreensão, expedidos pela 4ª Vara Criminal de Nova Iguaçu. Três suspeitos foram presos na ação e dois mandados foram cumpridos contra suspeitos que já se encontram na cadeia.
O crime aconteceu no dia 15 de outubro de 2021, quando agentes da delegacia foram até o bairro Miguel Couto para tentar prender cobradores da milícia que estavam extorquindo comerciantes da região. Os policiais estavam monitorando os suspeitos e flagraram a ação criminosa, mas foram atacados a tiros por paramilitares que faziam a escolta dos cobradores.
Foram presos, nesta terça, Luiz Octavio de Oliveira Ramos, Wallace Alexandre da Silva Ribeiro e Romildo dos Santos Gomes.
"O Wallace foi um dos atiradores, ele estava dentro do carro, o Classic, e atirou contra a equipe; Romildo, conhecido também como Pará, foi o responsável por resgatar os comparsas após o confronto com a equipe; e o Tavinho era quem estava realizando a cobrança", explicou o delegado Willians Batista, titular da distrital.
Carlos Henrique Gonçalves da Silva e Wanderson Lopes Pereira dos Santos, o PQD, que já estavam presos, tiveram os mandados cumpridos contra eles dentro do sistema prisional.
Extorsão a comerciantes e perseguição foi flagrada por câmeras de segurança
Câmeras de segurança, a qual O DIA teve acesso, flagraram toda ação criminosa. Num primeiro momento, é possível ver dois homens, um a pé e outro numa moto, sendo escoltados por comparsas que os acompanhavam a bordo de um veículo Classic branco.
Segundo as investigações, a dupla escoltada era responsável por fazer a cobrança da milícia e estava em direção a um comércio para praticar a extorsão, através de cobrança de taxas ilegais de segurança e permissão de funcionamento.
Os suspeitos chegam a pegar mercadorias em um dos comércios e guardá-las dentro do carro.
Os suspeitos chegam a pegar mercadorias em um dos comércios e guardá-las dentro do carro.
"O núcleo responsável por investigar organizações criminosas já possuía informações que, após o início da força-tarefa da Polícia Civil contra as milícias, os milicianos de Miguel Couto passaram a escoltar os cobradores do grupo, sendo certo que o confronto se deu entre os agentes e os integrantes de um veículo que fazia tal serviço", disse Batista.
Os investigadores estavam monitorando a ação dos criminosos e houve perseguição, que começou a pé e continuou em veículos.
Chefe da milícia já havia sido preso em ação que terminou com um suspeito morto
De acordo com as investigações, PQD é o líder da organização criminosa. Ele foi capturado ainda em outubro do ano passado, 10 dias após a perseguição, na primeira ação realizada pela 58ª DP para tentar capturar os envolvidos no ataque contra os policiais.
Na ação, um suspeito identificado como Rafael Ferreira dos Santos, o Malabim, acabou morto ao trocar tiros com os agentes.
Segundo o delegado, agentes de outras unidades do Departamento-Geral de Polícia da Baixada (DGPB) e da Delegacia de Homicídios da Baixada Fluminense (DHBF) auxiliaram a 58ª DP durante o trabalho de identificação dos suspeitos.
"As investigações envolveram uma série de diligências, como análise de aparelhos telefônicos, confronto balístico, laudos positivos de fragmentos papilares encontrados na cena do crime e análise de dezenas de horas de imagens", finalizou Batista.
Dois suspeitos, que não tiveram suas identidades reveladas, ainda estão foragidos.
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