Publicado 05/02/2022 13:06
Rio - A família do jovem Moïse Kabagambe aceitou administrar um dos quiosques envolvidos nas investigações que apuram o assassinato do jovem refugiado. A informação foi confirmada pelo Secretaria Municipal de Fazenda e Planejamento (SMFP), neste sábado. O prefeito do Rio, Eduardo Paes, também repercutiu a proposta através das suas redes sociais. Este espaço havia sido oferecido aos familiares de Moïse pela prefeitura.
Hoje, a SMFP, responsável pela gestão do contrato de concessão de quiosques da orla marítima do Rio, em parceria com a Orla Rio, concessionária que opera os estabelecimentos, anunciou também um projeto que vai transformar os quiosques Tropicália e Biruta em um memorial em homenagem à cultura congolesa e africana.
Segundo a secretaria, a iniciativa tem o objetivo de promover a integração social e econômica de refugiados africanos e reafirmar o compromisso da cidade com a promoção de oportunidades para todos. "O que aconteceu foi algo brutal, inaceitável e que não é da natureza do Rio. É nosso dever ser uma cidade antirracista, acolhedora e comprometida com a justiça social", disse o secretário Pedro Paulo.
Família comparece a ato contra morte de Moïse
Centenas de pessoas protestam, desde as 10h deste sábado (5), contra o assassinato de Moïse Kabagambe, em frente ao quiosque onde o jovem foi morto, na praia da Barra da Tijuca, Zona Oeste do Rio. A mãe e o irmão do congolês estiveram presentes na manifestação.
"Agradeço a todos que estão aqui e ao amor que vocês demonstraram ao Moise. Só pedimos justiça", disse Yvana Lay, mãe de Moïse. O irmão do refugiado, Djodjo Magno, também esteve presente na manifestação: "Que todos os envolvidos paguem pelo que fizeram. Justiça por Moise. Justiça até o fim. É isso que queremos", disse.
Leia mais
Comentários
Os comentários não representam a opinião do jornal e são de responsabilidade do autor.