Publicado 08/02/2022 14:48
Rio - A Família Moïse Karambambe, de 24 anos, participou nesta terça-feira, de uma audiência pública, com a Comissão de Direitos Humanos, do Senado, em Brasília. A sessão foi por videoconferência. Também compareceram à reunião ativistas e representantes Ministério Público do Trabalho (MPT). Os parentes do jovem defendem que o vídeo do momento das agressões foi editado e que mais pessoas estão envolvidas na morte do rapaz.
"Tem mais participantes que não estão presos, que estão sendo protegidos. Estamos pedindo ajuda de todos, principalmente da polícia, que possa liberar o vídeo total, todo o vídeo que a gente viu na Delegacia de Homicídios", disse Djodjo Baraka Karagambe em entrevista ao RJTV, da TV Globo.
Yannik Kamanda, tio de Moïse, diz que as imagens foram editadas depois que a família questionou o sigilo das investigações. Segundo ele, nos vídeos é possível identificar mais pessoas que não só omitem o socorro ao congolês como também outros agressores envolvidos. Até o momento, três homens foram identificados e presos pela morte do rapaz.
Senadores membros da Comissão de Direitos Humanos pretendem vir ao Rio de Janeiro para um novo encontro com a família. Além disso, o grupo também pretende cobrar celeridade nas investigações e punição dos envolvidos à Polícia Civil e ao Ministério Público.
Nesta segunda-feira, o prefeito do Rio, Eduardo Paes, prometeu uma concessão até 2030 para os parentes da vítima administrarem os dois quiosques. Apesar disso, o dono de um dos espaços disse que não irá cedê-lo à família do congolês.
O quiosque é administrado pela concessionária Orla Rio que já moveu uma ação de reintegração de posse do estabelecimento em julho de 2021. Agora, Celso e a concessionária aguardam uma decisão na Justiça. Questionada pelo Dia, a Orla Rio disse que vai aguardar a decisão da Justiça sobre o processo de reintegração de posse do quiosque Biruta. Sendo favorável, a empresa vai dar seguimento à segunda fase do projeto de memorial ao Moïse.
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