Mulheres no Laboratório da Cedae na TijucaDivulgação
Publicado 13/02/2022 06:00 | Atualizado 13/02/2022 07:45
Rio - O papel da mulher na ciência sempre foi expressivo e as suas contribuições científicas se manifestam nas mais diversas áreas do conhecimento. Celebrado nesta sexta-feira (11), o Dia Internacional das Mulheres e Meninas na Ciência tem como objetivo dar visibilidade à esses feitos nas áreas de pesquisa científica e tecnológica, visto que ainda são necessários esforços para a participação igualitária das mulheres. A partir deste contexto, a Cedae tem investido cada vez mais no trabalho feminino em diversos setores da companhia. Da chefia aos cargos técnicos, da Região Metropolitana ao interior do Estado, elas auxiliam em todas as etapas das análises, garantindo o controle contínuo da qualidade da água que é captada e tratada.
Com talento, dedicação e apuração no olhar, as profissionais da Cedae ganham cada vez mais espaço no saneamento, um setor majoritariamente masculino. Elas já são maioria no Laboratório da Estação de Tratamento de Água (ETA) do Guandu e na unidade da Gerência de Controle e Qualidade de Água. Já nos demais municípios do Estado, cinco dos seis laboratórios são coordenados por mulheres - quatro deles no interior e um na ETA Laranjal, em São Gonçalo.
"Nossa equipe desenvolve e propõe estratégias para garantir a constante melhoria da qualidade da água. É preciso analisar as características e necessidades de cada sistema de abastecimento, desde a captação da água bruta até a saída do tratamento. E essa visão mais criteriosa é ponto forte nas mulheres", pontua Débora Diaz, chefe do Departamento de Controle de Qualidade da Água da Diretoria da Região do Interior desde 2019.
Localizada na Tijuca, Zona Norte do Rio, a Gerência de Controle e Qualidade de Água tem como Chefe de Departamento a engenheira química e mestre em Química Analítica Rosiane Ventura. Na Cedae desde 2011, ela ocupa o atual cargo há quase três anos, comandando um grupo de 50 profissionais, dos quais 31 são mulheres.
"É muito gratificante trabalhar em parceria com mulheres especialistas nas mais diversas áreas, como Biologia, Biomedicina, Engenharia Química, Farmácia e Química. Fazemos mais de 10 mil análises mensais de amostras de água, além da elaboração de laudos, pareceres técnicos e relatórios periódicos", afirma.
Uma das profissionais que integram a equipe é a bióloga e mestre em Ecologia Amanda Ferreira, analista de qualidade do laboratório de microbiologia e hidrobiologia. Para ela, a maior participação feminina nos laboratórios da Cedae é o reflexo de uma transformação na sociedade que pode aumentar o interesse das jovens estudantes por essa área de conhecimento.
"A carreira científica precisa de mais mulheres. Tradicionalmente foi um espaço ocupado por homens e não víamos muitos exemplos de mulheres cientistas para nos inspirar", afirma.
Mulheres na operação de novas tecnologias
No Laboratório da ETA Guandu, 10 mulheres fazem parte de um grupo de 18 profissionais. Entre elas a bióloga Edna Couto, uma das responsáveis pelas análises microbiológicas, com destaque para a verificação da presença de cianobactérias na água. Ela é uma das profissionais treinadas para operar o novo microscópio de alta resolução Axio Observer 5, aquisição recente da Cedae para o monitoramento da qualidade da água do Guandu.
"Um dos maiores desafios é entregar os resultados das análises de forma rápida a fim de identificar possíveis alterações. Com o novo equipamento e o treinamento de mais profissionais, esses processos estão se aperfeiçoando cada vez mais. A maior recompensa que tenho é ter o trabalho reconhecido e valorizado por outros especialistas, além da oportunidade de ampliar meus conhecimentos", finaliza.
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