Corrente solidária cresce e lota igreja na Lagoa com doações para vítimas da tragédia em Petrópolis

Rio - A corrente solidária em prol das vítimas da tragédia que acometeu a cidade de Petrópolis, na Região Serrana do Rio, segue ganhando força. Nesta sexta-feira, uma pilha gigante de alimentos, roupas, calçados e de água lotou a Paróquia de São José, na Lagoa, Zona Sul. As doações são recolhidas e levadas à cidade imperial pelo Santuário do Cristo Redentor. 

"Agradecemos muito pelas doações que estão chegando para a população atingida pelas chuvas em Petrópolis. Neste momento estamos precisando de voluntários para ajudar a fazer a separação dos materiais", compartilhou o Padre Omar, reitor do Santuário do Cristo Redentor, responsável pela arrecadação.

Segundo a instituição, a campanha de arrecadação começou na última quarta-feira e, até o momento, já recebeu 2,7 toneladas de alimentos não perecíveis, 11 mil litros de água mineral, 3,4 mil itens de higiene pessoal, 1,4 mil fraldas, 253 litros de leite, além de produtos de limpeza, descartáveis, e alimentos para animais.  Dezenas de milhares de peças de roupas e cerca de 340 pares de tênis, 110 sapatos masculinos, 600 pares de sapatos femininos, 140 calçados infantis, 190 pares de chinelo e bolsas. 

Os itens vêm sendo levados em remessas para a cidade de Petrópolis. Nesta quinta-feira, três caminhões saíram da Paróquia de São José, com destino a Região Serrana, para entregar os donativos arrecadados na capital. 

Em uma postagem no Instagram, padre Omar fez a lista dos itens que tem tido maior demanda pela população afetada pela tragédia em Petrópolis. Produtos infantis, como fraldas, leite em pó, roupas, itens de higiene, brinquedos e calçados. São de maior demanda no momento, bem como fraldas geriátricas de todos os tamanhos.

Contudo, não é só a quantidade de itens que é importante, assim como o mencionado acima na mensagem do padre Omar, o número de voluntários precisa acompanhar o crescimento das doações. Foi na intenção de ajudar nessa corrente do bem que a aposentada, Solange Gomes, de 56 anos, saiu da sua casa na Barra da Tijuca, para a igreja na Lagoa.

"Você assiste a toda essa tragédia e mesmo sem ter ninguém, nenhum parente lá, acaba se solidarizando pelo sofrimento das pessoas. Nós não entendemos o que eles estão passando, mas podemos nos compadecer disso ajudando e foi o que fiz. A gente tenta fazer um pouco cada um, num trabalho de formiguinha mesmo", contou a aposentada, que viu na demanda por ajuda na separação de itens a oportunidade de colaborar.  

A paróquia de São José fica na Avenida Borges de Medeiros, 2735, na Lagoa. As doações podem ser feitas no local, sempre a partir das 11h.