Publicado 22/02/2022 09:55
Rio - A Prefeitura do Rio anunciou a redução do intervalo da vacina da Pfizer contra a covid-19 para crianças com deficiência e comorbidades. A partir desta terça-feira (22), a segunda dose pode ser aplicada três semanas (21 dias) após a primeira. Antes, esse intervalo era de oito semanas (56 dias).
O procedimento de redução, permitido na bula da fabricante e autorizado pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), leva em consideração o fato de que crianças com deficiência e comorbidade podem estar mais vulneráveis à doença. A vacina pediátrica da Pfizer tem uma dosagem diferente da versão adulta, e pode ser dada em crianças de 5 a 11 anos, diferentemente da Coronavac, voltada para crianças de 6 a 11 anos.
"É importante que os pais fiquem atentos à antecipação. Eles já podem realizar a vacina da Pfizer pediátrica a partir de hoje", reforçou o secretário municipal de Saúde, Daniel Soranz, nesta terça-feira (22).
No geral, a vacinação infantil ainda avança devagar, segundo a avaliação da Secretaria Municipal de Saúde. A taxa de adesão está em cerca de 60%, longe dos 80% colocados como meta no município. A cidade do Rio tem 343 mil crianças com a primeira dose, e 217 mil não vacinadas.
"A vacinação infantil vem em um ritmo bastante lento, em comparação a todas as outras campanhas. A gente iniciou na semana passada a busca ativa em escolas, com agentes comunitários. Isso permitiu que a gente chegasse a 60% das crianças, mas temos um caminho pela frente. A gente espera vacinar 200 mil crianças nas próximas duas semanas, e a gente precisa do apoio de toda a sociedade para estimular a vacinação", afirmou Soranz, que avalia como principal obstáculo as diversas interrupções nas campanhas de vacinação, por conta da falta de doses.
"Por três períodos diferentes a gente teve de interromper a campanha por falta de vacina. A gente espera que o Ministério da Saúde regularize as entregas e não tenhamos mais interrupções", pontuou o secretário.
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