Repórter Branca Andrade é intimidada por supostos seguranças quando fazia matéria ao vivo sobre greve do BRT, no terminal Alvorada. Foto: Reprodução SBT RioPrint de vídeo do SBT Rio - Branca Andrade
Publicado 25/02/2022 20:01 | Atualizado 25/02/2022 20:55

Rio - O Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Município do Rio de Janeiro (SindiJor) e o Sistema Brasileiro de Televisão (SBT -Rio), divulgaram na tarde desta sexta-feira (25), nota repudiando a intimidação e cerceamento de liberdade de expressão, sofrido pela jornalista Branca Andrade e o repórter cinematográfico Edson Santos, enquanto faziam reportagem sobre a greve de ônibus do BRT, que acontecia desde as primeiras horas do dia.
Tendo que enfrentar os dois homens que faziam uma barreira entre ela e o cinegrafista a repórter desabafou ao vivo informando a apresentadora Isabele Benito, âncora do programa 'SBT Rio', para o qual fazia a matéria ao vivo:
"Eu estou aqui para mostrar que o BRT parou de funcionar essa madrugada e a população está sem conseguir embarcar. Nesse momento nós estamos sem liberdade de expressão, estamos cerceados aqui, como você pode ver, Isabela

Veja o vídeo:

No perfil oficial no Twitter o SBT Rio se manifestou;



Já o Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Município do Rio de Janeiro (SindiJor), divulgou no site oficial uma nota onde a diretoria denuncia o caso e classifica como um constrangimento e exige que a prefeitura e as autoridades policiais do Rio tomem providências.

Leia a nota completa abaixo:

O Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Município do Rio de Janeiro, profundamente indignado, denuncia o inaceitável constrangimento imposto à repórter Branca Andrade, do SBT, na manhã desta sexta-feira, 25/2, no Terminal Alvorada, Barra da Tijuca.
Branca cobria a greve dos funcionários do BRT e quando fazia uma entrada ao vivo teve seu trabalho interrompido por dois homens que, dizendo-se funcionários da concessionária BRT, impediram a repórter de realizar o seu trabalho. Mesmo ao vivo, e insistentemente cobrados para que se identificassem, os homens não se intimidaram. Provavelmente convictos da impunidade, mesmo diante da câmera do cinegrafista Edson Santos cercearam descaradamente o livre exercício profissional.
Tais fatos são inadmissíveis numa democracia! Por isso, o Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Município do Rio exige das autoridades policiais, e do prefeito Eduardo Paes, providências imediatas no sentido de identificar e punir os agressores. Não toleraremos mais esse ato que se soma à escalada de ataques aos jornalistas, de cerceamento ao livre exercício profissional e à liberdade de imprensa.
Diretoria do Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Município do Rio de Janeiro
O SBT reproduziu também em seu perfil no Twitter a nota da Associação Brasileira de Emissoras de Rádio e Televisão (ABERT), onde a associação reforça que qualquer que seja o motivo de impedir a jornalista e o cinegrafista de fazer o seu trabalho é uma violação ao direito de liberdade de imprensa e acesso à informação. Veja abaixo:


Mais cedo, também pelas redes sociais, o prefeito do Rio Eduardo Paes ao tomar conhecimento, se manifestou repugnando o ocorrido, garantindo que os mesmos não eram funcionários do BRT. "Absurdo! Certamente nenhum desses sujeitos tem qualquer relação com a prefeitura. Já determinei ao secretário de Ordem Pública a devida apuração para que eles possam responder por essa situação".

A Secretaria de Ordem Pública (Seop), informou que:
"Os agentes do BRT Seguro estão na estação Alvorada mas não conseguiram encontrar os homens que obstruíram o trabalho de uma repórter na tarde de hoje. A Secretaria de Ordem Pública seguirá buscando a identificação dos indivíduos e auxiliando no ordenamento e segurança das estações".
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