Ronnie Lessa diz em entrevista que recebeu ajuda do presidente Bolsonaro em 2009
O chefe do Executivo teria intercedido pelo ex-policial, acusado de matar a vereadora Marielle Franco e o motorista Anderson Gomes, na época em que o mesmo perdeu a perna
Rio - O policial reformado Ronnie Lessa, acusado de executar a vereadora Marielle Franco e seu motorista Anderson Gomes, em 2018, disse que já recebeu ajuda do presidente Jair Bolsonaro. O auxílio teria ocorrido em 2009, quando o atual Chefe do Poder Executivo ainda era deputado federal. A fala foi divulgada nesta sexta-feira em entrevista divulgada pela revista Veja.
De acordo com a reportagem, o suposto atirador que disparou contra o carro de Marielle no Estácio, Região Central, afirmou ter recebido ajuda na época em que perdeu sua perna. Lessa explica que o então deputado federal intercedeu ao seu favor junto a Associação Brasileira Beneficente de Reabilitação (ABBR), no Rio. À época, Bolsonaro era patrono da instituição.
O suporte prestado pela associação à Lessa teria lhe garantido uma prótese, mas ele conta que a usou por pouco tempo. O ex-policial militar revela que adquiriu uma perna mecânica melhor usando o valor que recebeu de seguro. Preso na Penitenciária Federal de Segurança Máxima de Campo Grande, em Mato Grosso do Sul, Lessa negou ter proximidade com Bolsonaro, apesar da ajuda.
Segundo o acusado pelo duplo homicídio, foram poucas vezes que viu o presidente, mesmo também morando no Vivendas da Barra, condomínio de alto padrão na Barra da Tijuca, Zona Oeste do Rio, onde a família Bolsonaro tem casa.
Preso desde março de 2019, Lessa segue se dizendo inocente e vítima de coincidências que o levaram à prisão. Ele atribui ao ex-capitão do Bope e suposto chefe do Escritório do Crime, Adriano da Nóbrega, a responsabilidade pelo assassinato da vereadora carioca.
fotogaleria
3-15-9--20 - Caso Marielle Franco, vereadora do PSOL, assassinada em marco de 2018. Na imagem, o policial reformado Ronnie Lessa, de muleta, acusado de ser o autor dos disparos que executou Marielle, deixa a DH - Delegacia de Homicidios, na Barra, apos se negar a depor sobre o caso. Foto de Alexandre Brum / Agencia O Dia - POLICIA MARIELLE FRANCO ATENTADO MORTE ASSASSINATO CRIME DIREITOS HUMANOS SEGURANCA PRISAO LUTA POPULACAO NEGRA MILITANTE PSOL; ..Arquivo O DIA
Rio de Janeiro - RJ - 14/03/2019 - Policia - suspeitos da morte de Marielle Franco e Anderson Gomes - Acusados da morte de Marielle Franco participam de audiencia de custodia em Benfica, zona norte do Rio - na foto, o sargento da Polícia Militar reformado Ronnie Lessa foto: Reginaldo Pimenta / Agencia O DiaReginaldo Pimenta / Arquivo
Rio de Janeiro - RJ - 14/03/2019 - Policia - suspeitos da morte de Marielle Franco e Anderson Gomes - Acusados da morte de Marielle Franco participam de audiencia de custodia em Benfica, zona norte do Rio - na foto, o sargento da Polícia Militar reformado Ronnie Lessa foto: Reginaldo Pimenta / Agencia O DiaReginaldo Pimenta
Rio de Janeiro - RJ - 14/03/2019 - Policia - suspeitos da morte de Marielle Franco e Anderson Gomes - Acusados da morte de Marielle Franco participam de audiencia de custodia em Benfica, zona norte do Rio - na foto, o sargento da Polícia Militar reformado Ronnie Lessa foto: Reginaldo Pimenta / Agencia O DiaReginaldo Pimenta / Agência O Dia
3-15-9--20 - Caso Marielle Franco, vereadora do PSOL, assassinada em marco de 2018. Na imagem, o policial reformado Ronnie Lessa, de muleta, acusado de ser o autor dos disparos que executou Marielle, deixa a DH - Delegacia de Homicidios, na Barra, apos se negar a depor sobre o caso. Foto de Alexandre Brum / Agencia O Dia - POLICIA MARIELLE FRANCO ATENTADO MORTE ASSASSINATO CRIME DIREITOS HUMANOS SEGURANCA PRISAO LUTA POPULACAO NEGRA MILITANTE PSOL; ..Arquivo O Dia
Comentários
Os comentários não representam a opinião do jornal e são de responsabilidade do autor.