Publicado 08/03/2022 13:43
Rio A influenciadora digital e empresária Sarah Fonseca, de 28 anos, que denunciou um caso de racismo que sofreu em uma padaria em Ipanema, Zona Sul do Rio, por meio das redes sociais, esteve na manhã desta terça-feira (8) na Delegacia de Combate a Crimes Raciais e Delitos de Intolerância (Decradi), no Centro do Rio, por volta das 11h30, para registrar o caso. Sarah ainda vai prestar depoimento hoje à tarde.
Em vídeo postado no Instagram, a influenciadora denuncia que um segurança tentou impedir que ela se aproximasse da mesa onde estavam seu namorado e os pais dele, que são alemães, por achar que ela estava pedindo dinheiro. No momento do ocorrido, Sarah estava no local para tomar café, mas foi parada e convidada a se retirar da padaria. Segundo ela, a situação a fez se sentir humilhada.
"Eu só cheguei perto do meu namorado para falar com ele e ele mandou eu sair. Vergonha! Eu fiquei em choque, me senti HUMILHADA na frente de todos! Eu não consigo descrever a raiva que eu to sentindo. Ele achou que eu estava fazendo o que? Por que eu deveria sair? ", disse a influenciadora.
Em entrevista ao RJTV, da TV Globo, Sarah disse que resolveu fazer a denúncia pois o segurança se recusou a pedir desculpas pelo ocorrido e insinuou que ela teria entendido errado toda a situação.
"Ele ficou sentado e não fez questão alguma de entender o problema ou pedir desculpa”, disse a empresária.
Até o momento, a publicação já contava com mais de 809 mil curtidas e 36 mil comentários.
Padaria se defende de acusação
Também por meio do Instagram, o perfil da padaria Baked publicou uma nota de repúdio sobre o caso, classificou o caso como "extremamente grave" e informou que o segurança acusado de discriminação não é funcionário da loja, e sim da associação de lojistas da região e ressaltou repudiar qualquer ato de racismo.
A Polícia Civil informou que vai recolher os depoimentos e apurar as imagens para auxiliar nas investigações, já a Associação de Lojistas de Ipanema disse que condena todas as formas de preconceito e informou que o funcionário acusado não tem vínculo empregatício com a padaria, mas que presta serviços para os comerciantes.
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