Publicado 08/03/2022 15:23
Rio - O Colégio Pedro II informou, nesta terça-feira, que manterá a obrigatoriedade do uso de máscaras dentro de suas unidades. Mesmo que o município tenha publicado decreto flexibilizando a utilização do item, a instituição federal afirma que até que haja uma nova deliberação da reitoria ou do Conselho Superior (Consup), a regra definida na volta às aulas, no início de fevereiro, segue valendo. A decisão foi a mesma tomada pela direção do Cefet-RJ.
"Como Autarquia Federal, o Colégio Pedro II é equiparado aos Institutos Federais, e assim como, as Universidades Federais, goza de autonomia administrativa. As últimas deliberações do Conselho Superior sobre o tema estabelecem como obrigatório o uso de máscara para entrada na Instituição, bem como, em todas as suas dependências. Até que tenhamos novas deliberações da Reitoria e/ou do Consup, será cumprida a normatização estabelecida", definiu a instituição.
As unidades do Centro Federal de Educação Tecnológica Celso Suckow da Fonseca (Cefet/RJ) também seguem cobrando o uso de máscaras. Segundo a instituição, a orientação para uso do item nas dependências da instituição está mantida, em todas as dependências, por recomendação do Comitê de Acompanhamento do Coronavírus.
O mesmo vale para os alunos da Uerj. A universidade compartilhou, na noite desta segunda-feira (7), nota técnica confirmando que não seguiria com a Prefeitura do Rio no caminho da flexibilização do item de segurança pessoal. Segundo nota técnica da instituição, até que pelo menos 70% da população acima de 18 anos esteja com a dose de reforço da vacina contra a covid-19, a máscara segue sendo importante no combate à disseminação do vírus.
"A despeito da melhora significativa nos parâmetros epidemiológicos observados na cidade do Rio de Janeiro, o Art. 1o deste mesmo Decreto se refere a importante indicador, que é a necessidade da aplicação da Dose de Reforço (DR) para a COVID-19 em pelo menos 70% da população acima dos 18 anos de idade, para que possa ser dispensada a exigência da comprovação vacinal; Considerando que, na presente data, temos 54% da população do Município com a DR, zelando pela proteção individual e coletiva de nossa comunidade; Reiteramos a necessidade de exigência da utilização de máscaras faciais, sobretudo em ambientes fechados, nos espaços da UERJ", compartilhou a reitoria.
A Uerj pontuou também a presença da instituição em outros municípios e que isso implica na liberação do uso. Para que essa liberação ocorra sem riscos em todos os campis, a taxa de 70% da população maior de 18 anos imunizada com a dose de reforço é decisiva.
Na nota, a universidade também chama atenção para a manutenção das máscaras visando a proteção das crianças de 5 a 11 anos, que também frequentam as unidades. Dada a baixa imunização desse grupo, que teve sua campanha iniciada nos primeiros dias do ano, a reitoria avalia como assertiva a decisão de manter a cobrança do item.
"Podemos assegurar que as medidas aqui preconizadas, ainda restritivas, estão embasadas nos melhores parâmetros técnico-científicos amplamente adotados, sem renunciarmos aos valores essenciais para todos nós: a ética e valorização da vida", finalizou.
Outras universidades
Também nesta segunda-feira a Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e a Pontifícia Universidade Católica (PUC-Rio) decidiram manter a obrigatoriedade do uso das máscaras no interior de suas unidades. No caso da pública, a opção segue parecer do Grupo de Trabalho Multidisciplinar para Enfrentamento à Pandemia de Covid-19 da UFRJ emitido em fevereiro, antes da volta às aulas.
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