Publicado 08/03/2022 19:32 | Atualizado 08/03/2022 19:42
Rio - Em marcha pelo Centro do Rio, mulheres representantes das classes trabalhadoras, sindicais e movimentos sociais pedem “Bolsonaro Nunca Mais”, uma referência ao presidente Jair Bolsonaro. Elas também reivindicam por um Brasil sem machismo, racismo e fome. O ato marca a luta das brasileiras no Dia Internacional das Mulheres.
Com bandeiras e faixas, as mulheres saíram no fim da tarde desta terça-feira (8) da Candelária à Cinelândia. Durante o percurso, houve o discurso de mulheres trans, associação de doulas, mulheres negras, parlamentares, representantes sindicais e movimentos sociais.
A presidente do Sindicato dos Servidores de Ciência, Tecnologia, Produção e Inovação em Saúde Pública (ASFOC-SN), Mychelle Alves, lembrou que a data é um dia internacional de luta das mulheres.
"É um dia para a gente reafirmar a luta por direitos, igualdade e equidade. É uma luta que também precisamos refazer contra a violência às mulheres, que vem crescendo muito na pandemia. Quanto ao feminicídio foi aumentado nesses dias de pandemia, principalmente no início, quando houve a necessidade de isolamento”, avalia Mychelle.
A presidente da ASFOC-SN lembra ainda que os homens recebem 29% a mais nos salários em comparação aos homens. Ela ressalta que as reivindicações também passam pelo respeito, igualdade e oportunidades: "Nós mulheres somos a maioria da população brasileira, mas a que estamos menos em locais de liderança, nos melhores postos de trabalho”"
Para Duda Quiroga, da coordenação do Sindicato Estadual dos Profissionais de Educação (Sepe-RJ) , basta de violência misógina e machista contra as mulheres.
"Chega de a gente receber salários menores, chega de a gente andar nas ruas com medo, seja pela iluminação urbana ou a mobilidade urbana possível na nossa cidade ou estado. Queremos um mundo mais justo, igualitário e seguro. Por tudo isso que nós marchamos e estamos nas ruas por mais um oito de março de muita luta e resistência da mulherada", opina Quiroga,
De acordo com a Central Única dos Trabalhadores (CUT), após dois anos, o Dia Internacional da Mulher voltou a ser presencial, com manifestações nas ruas de pelo menos 40 cidades em todo o país. Os protestos tiveram como lema 'Pela vida das mulheres, contra a fome, o desemprego e a carestia – Bolsonaro Nunca Mais!'. Entre as reivindicações também estavam a luta contra a violência, o desemprego, pela saúde, pelos seus direitos sexuais, direitos reprodutivos e pela justiça reprodutiva, em defesa do SUS e dos serviços públicos gratuitos e de qualidade.
"O oito de março deveria ser um movimento de conscientização para população em geral, não apenas para os homens, mas para o governo e até para as mulheres porque muitas não se enxergam em uma situação depreciativa. Precisamos usar esse momento também para dar esclarecimentos, além de visibilidade , empoderamento e também pleitear a garantia e a expansão dos nossos direitos", observa Elaine Chaves Presidente estadual da Ação da Mulher Trabalhista, movimento integrante do Partido Democrático Trabalhista (PDT).
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