Publicado 08/03/2022 19:56 | Atualizado 09/03/2022 07:00
Rio - O Prefeito do Rio, Eduardo Paes, e o secretário municipal de Saúde, Daniel Soranz, fizeram uma live, nesta terça-feira, respondendo dúvidas de cariocas sobre a flexibilização do uso de máscaras em ambientes fechados. A medida dividiu opiniões de cariocas e até de especialistas em saúde, ao longo desta segunda-feira.
Em conversa com seguidores, Paes e Soranz explicaram que o decreto foi publicado com o respaldo do Comitê de Enfrentamento à Covid-19. "Tem nesse caso da pandemia um monte de opinião. Mas aqui desde o início nós buscamos ouvir a ciência. Desde o início, a gente busca seguir o que o Comitê Científico manda. É um comitê essencialmente técnico (...). Num caso como esse deleguei essa tarefa ao Soranz e ao comitê. Literalmente busquei ouvir a ciência", garantiu o gestor.
Segundo Soranz, o cenário epidemiológico positivo da cidade influenciou diretamente na liberação do uso do item de proteção e que isso faz parte de um processo natural, assim como quando ocorreram restrições no ápice da pandemia.
"A gente precisa ter coerência quando a gente toma decisão no comitê. Nos momentos em que a gente teve aumento no número de casos, aumento da taxa de transmissão da covid-19, a gente não hesitou. Se precisou, a gente obrigou as pessoas a usarem máscaras, proibiu as aglomerações, fechamos bares e restaurantes. Foi um momento muito duro para a sociedade, e nos momento em que temos um cenário epidemiológico muito favorável, como o que temos hoje, a gente também ter que desobrigar as pessoas das medidas restritivas", explicou.
Durante a live, Paes leu questionamentos de cariocas e repassou as dúvidas para o secretário de saúde. Um dos questionamentos feitos por usuários do Instagram abordava a proximidade da liberação do uso das máscaras com o período de Carnaval.
"Teve muita festa. Supostamente com controle sanitário. A gente faz fiscalização por amostragem. Não temos como olhar tudo. Esperamos o mínimo de responsabilidade das pessoas. Muita gente diz para mim isso: 'Você não tinha que ter esperado?'", questionou Paes.
Em seguida, Soranz justificou que os números registrados após o feriado não tiveram elevação. De acordo com o médico, ao longo da última semana, não houve aumento na taxa de positividade dos testes, se mantendo o índice abaixo dos 2 positivos para cada 100 testes.
"O Carnaval não gerou um aumento no número de casos, apesar das aglomerações. A gente tinha medo disso acontecer. Todo mundo tinha. E a gente viu que isso não aconteceu. O número de casos não aumentou, muito pelo contrário continuou diminuindo. Na quarta, quinta e sexta-feira, a gente já verificou que o número de casos continuou caindo e que a taxa de positividade dos testes continuou diminuindo, então a gente tem uma tendência de queda em um cenário epidemiológico muito favorável", contou.
Ainda na live, Paes também falou sobre as festas que aconteceram, mesmo sem autorização, durante o feriado de Carnaval. "Isso é uma coisa que muita gente me cobrou. A gente sabe que no Carnaval estavam liberaras festas fechadas, onde haviam controle sanitário, alguns blocos aconteceram, não é uma tarefa simples ficar perseguindo bloco, seguindo blocos", comento.
A conversa com os cariocas foi encerrada com agradecimento do secretário Daniel Soranz aos integrantes do Comitê Científico. O grupo de médicos e pesquisadores ajuda a Prefeitura do Rio na tomada de decisão desde o início da gestão do Paes.
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