Publicado 09/03/2022 16:13
Rio - Uma mulher, que não teve a identidade divulgada, foi encontrada morta com um tiro na testa, na manhã de terça-feira (8), na Rua Castelo Branco, Penha, Zona Norte do Rio. Informações preliminares apontam que a vítima foi sequestrada e assassinada por traficantes da comunidade Parada de Lucas, na mesma região, a mando do traficante Álvaro Malaquias Santa Rosa, conhecido como 'Peixão', de 34 anos.
Moradora da comunidade, a mulher teria sido alvo de uma retaliação por ser amiga de um criminoso rival de 'Peixão', Rodrigo Ribeiro da Silva, conhecido como 'Mia da Cidade Alta'. Nas redes sociais, familiares e amigos procuravam pela jovem desde o dia 4 de março.
Policiais do 16º BPM (Olaria) informaram que foram acionados para atender uma ocorrência de encontro de cadáver na rua Castelo Branco. Na chegada ao local, constataram tratar-se de uma vítima do sexo feminino. Foi solicitada a perícia e na sequência e uma viatura da Defesa Civil compareceu no endereço para remover o corpo e encaminhar ao IML Afrânio Peixoto.
A Delegacia de Homicídios da Capital (DHC) fez perícia no local e realiza diligências para identificar os responsáveis e a motivação do crime.
'Peixão' é responsável por construir o Complexo de Israel
Responsável por construir durante a pandemia da Covid-19 o conjunto de favelas, em Parada de Lucas, denominado Complexo de Israel, Álvaro se tornou o chefe do tráfico da região. Ao todo, cinco comunidades compõe o novo complexo: Cidade Alta, Vigário Geral, Parada de Lucas, Cinco Bocas e Pica-pau. Cerca de 134 mil pessoas moram na região. Além disso, segundo a polícia, o tráfico se aliou à milícia para expandir seus negócios.
O território controlado por Peixão ficou conhecido depois que o criminoso passou a exibir símbolos do Estado de Israel, como a Estrela de Davi, em pontos das comunidades para demarcar o seu domínio.
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