Publicado 17/03/2022 21:56
Rio- A Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj) aprovou em discussão única, nesta quinta-feira (17/03), a concessão do Prêmio Marielle Franco a 47 organizações e personalidades que desenvolvem ações de promoção, valorização e defesa dos direitos humanos no Estado do Rio. A criação do prêmio foi aprovada no plenário da Casa em fevereiro deste ano.
Os projetos têm autoria das deputadas Renata Souza (PSol), Enfermeira Rejane (PCdoB) e Mônica Francisco (PSol). Entre os homenageados, estão a mãe de Marielle, Marinete da Silva, e a viúva, a vereadora Mônica Benício. O prêmio também será entregue aos coletivos de comunicação independente Mídia Ninja e Papo Reto, à Organização Observatório de Favelas, ao Instituto Fogo Cruzado e entidades atuantes no Complexo da Maré. A concessão do prêmio acontece no mês em que se completam cinco anos da morte da vereadora Marielle Franco e de seu motorista Anderson Gomes.
"O Prêmio Marielle Franco de Direitos Humanos é um importante avanço na consolidação de direitos e no reconhecimento das entidades, organizações e pessoas fundamentais na luta intransigente pela vida. A premiação dessas organizações e pessoas é mais do que um momento de celebração. Trata-se de uma reafirmação do compromisso da Alerj na defesa dos Direitos Humanos”, comentou a deputada Renata Souza (PSol), que assina 36 das propostas aprovadas.
Veja todos os homenageados clicando aqui.
Relembre o caso
Na noite do dia 14 de março de 2017, no bairro do Estácio, na região central, o carro em que a vereadora estava foi atingido por nove dos 13 tiros disparados. Marielle e seu motorista, Anderson Pedro Gomes, morreram vítimas desses disparos. Apesar de alguns avanços na investigação sobre o crime, as autoridades ainda não descobriram os autores e nem o motivo. A morte de Marielle Franco repercutiu no mundo, com manifestações da população por vários dias nas ruas e muitas notícias divulgadas sobre o assassinato da vereadora no exercício de seu mandato.
Eleita vereadora com mais de 46 mil votos em 2016, socióloga e mestre em Administração Pública, Marielle Franco tinha 38 anos, era oriunda da favela da Maré, na Zona Norte, e ativista em prol das causas das mulheres e das populações negra, periférica e LBGT. Antes do cargo político, atuou na Comissão de Defesa dos Direitos Humanos da Alerj.
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