Publicado 22/03/2022 07:00
Rio - Intensificação do impacto das mudanças climáticas, aumento da produção agrícola e industrial, crescimento demográfico e adiamento na tomada de decisões urgentes por autoridades. Segundo a Organização das Nações Unidas, estes são os principais fatores que explicam por que a água está extremamente ameaçada. Anualmente, desde a Conferência Rio-92, o dia 22 de março é a data em que os holofotes do mundo se voltam para enfatizar a importância da água para a sobrevivência e a necessidade de preservar esse recurso escasso.
Embora 70% da superfície da terra seja coberta por água, menos de 3% desta enorme quantidade de H₂O é doce - e cerca de 2% dela está em geleiras. Ou seja, o mundo tem menos de 1% de água disponível para consumo, conteúdo localizado em lagos, rios e debaixo dos nossos pés. De acordo com o Relatório Mundial das Nações Unidas sobre Desenvolvimento dos Recursos Hídricos de 2021, 30% dos maiores sistemas de águas subterrâneas do mundo estão em esgotamento causado, principalmente, pela captação de água para irrigação.
Embora 70% da superfície da terra seja coberta por água, menos de 3% desta enorme quantidade de H₂O é doce - e cerca de 2% dela está em geleiras. Ou seja, o mundo tem menos de 1% de água disponível para consumo, conteúdo localizado em lagos, rios e debaixo dos nossos pés. De acordo com o Relatório Mundial das Nações Unidas sobre Desenvolvimento dos Recursos Hídricos de 2021, 30% dos maiores sistemas de águas subterrâneas do mundo estão em esgotamento causado, principalmente, pela captação de água para irrigação.
Um estudo inédito publicado no ano passado pelo Instituto Trata Brasil, elaborado a partir de dados públicos do Sistema Nacional de Informações sobre Saneamento (SNIS), comprovou que o país desperdiça 39,2% da água potável captada, quantidade que seria suficiente para abastecer cerca de 63 milhões de brasileiros por ano. Atenta a dados como estes, a ONU escolheu o tema ‘Águas Subterrâneas: Tornando o Invisível Visível’ para a campanha do Dia Mundial da Água 2022.
Água Potável disponível no mundo
* Congelada 77%
*Subterrânea 22%
* Lagos e rios 1%
(Fonte: WWF)
(Fonte: WWF)
Os recursos hídricos subterrâneos ajudam a sustentar o abastecimento doméstico, os sistemas de saneamento, os ecossistemas, a agricultura e a indústria. No entanto, a poluição tem colocado em risco cada vez maior essa água 'invisível'. Embora seja essencial o consumo individual consciente - por meio de atitudes como redução do tempo dos banhos, atenção a vazamentos e reutilização da água da máquina de lavar para limpeza de áreas externas -, o maior consumo e, por consequência, o maior desperdício desse recurso essencial são promovidos pela agricultura, setor responsável por 69% das retiradas de água no mundo, proporção que pode alcançar 95% em alguns países em desenvolvimento. A indústria é responsável por 19% do uso, enquanto os municípios são responsáveis pelos 12% restantes .
Sistemas obsoletos e falta de manutenção de equipamentos estão entre as principais causas de vazamentos. O Trata Brasil também pontua a necessidade de maior eficiência nos sistemas de saneamento e do combate incisivo a furtos de água. A poluição é outro fator que aumenta a gravidade do problema - e a população pode colaborar denunciando indústrias que despejam seus dejetos de forma inadequada e criminosa.
Sistemas obsoletos e falta de manutenção de equipamentos estão entre as principais causas de vazamentos. O Trata Brasil também pontua a necessidade de maior eficiência nos sistemas de saneamento e do combate incisivo a furtos de água. A poluição é outro fator que aumenta a gravidade do problema - e a população pode colaborar denunciando indústrias que despejam seus dejetos de forma inadequada e criminosa.
"Um quarto da população mundial consome mais água do que sua capacidade de captá-la. Já entraram no 'cheque especial' hídrico. O Brasil não está isento desse problema. 40% dos nossos recursos hídricos estão sendo contaminados pela agricultura e pela falta de políticas sanitárias. Adicione-se a este enredo as mudanças climáticas, que já afetam a distribuição de chuvas", ressaltou Márcia Barbosa, física da Universidade Federal do Rio Grande do Sul e uma das maiores especialistas em água do mundo.
No Estado do Rio de Janeiro, novas empresas assumiram parte do abastecimento de água e demonstram atenção com a possibilidade de uma grave escassez hídrica mundial até 2050. A Águas do Rio, que vai alcançar 124 bairros da capital e 27 dos 92 municípios do Estado, tem uma Política de Sustentabilidade baseada em três pilares: Ambiental, Social e Econômico. Além da melhoria contínua e sustentável dos seus processos, a empresa enfatiza o compromisso com questões como a prevenção da poluição e ações de proteção ao meio ambiente; utilização sustentável dos recursos naturais, em especial da água; minimização de perdas ao longo dos seus processos; e redução de geração de resíduos; e reuso da água.
A Águas do Rio também realiza um trabalho de conscientização por meio do projeto social Afluentes, que estabelece um canal direto de comunicação com as comunidades. “Água tratada é vital para a saúde! E por ser um bem finito, precisa ser cuidada”, pontua Marley Caxias, coordenadora de Responsabilidade Social da empresa, que ressaltou a importância da mudança de hábitos, como fechar a torneira enquanto ensaboa a louça e entender o hidrômetro, importante aliado no controle do consumo e no combate ao desperdício de água.
Segundo o relatório ‘O Valor da Água’, 4 bilhões de pessoas vivem em áreas que sofrem grave escassez física de água durante, no mínimo, um mês por ano. A chamada ‘escassez econômica de água’, que significa a ausência de infraestrutura para disponibilizar água fisicamente disponível, afeta mais de 1,5 bilhão de pessoas. Já a falta de informações sobre a qualidade de rios, lagos e lençóis freáticos, faz com que 3 bilhões de pessoas estejam expostas a doenças ao redor do mundo. Como resultado de perdas na agricultura, na saúde, na renda e na propriedade, regiões atingidas pela escassez de água podem ver suas taxas de crescimento caírem até 6% do PIB nos próximos 30 anos, segundo estimativa do Banco Mundial.
No Estado do Rio de Janeiro, novas empresas assumiram parte do abastecimento de água e demonstram atenção com a possibilidade de uma grave escassez hídrica mundial até 2050. A Águas do Rio, que vai alcançar 124 bairros da capital e 27 dos 92 municípios do Estado, tem uma Política de Sustentabilidade baseada em três pilares: Ambiental, Social e Econômico. Além da melhoria contínua e sustentável dos seus processos, a empresa enfatiza o compromisso com questões como a prevenção da poluição e ações de proteção ao meio ambiente; utilização sustentável dos recursos naturais, em especial da água; minimização de perdas ao longo dos seus processos; e redução de geração de resíduos; e reuso da água.
A Águas do Rio também realiza um trabalho de conscientização por meio do projeto social Afluentes, que estabelece um canal direto de comunicação com as comunidades. “Água tratada é vital para a saúde! E por ser um bem finito, precisa ser cuidada”, pontua Marley Caxias, coordenadora de Responsabilidade Social da empresa, que ressaltou a importância da mudança de hábitos, como fechar a torneira enquanto ensaboa a louça e entender o hidrômetro, importante aliado no controle do consumo e no combate ao desperdício de água.
Segundo o relatório ‘O Valor da Água’, 4 bilhões de pessoas vivem em áreas que sofrem grave escassez física de água durante, no mínimo, um mês por ano. A chamada ‘escassez econômica de água’, que significa a ausência de infraestrutura para disponibilizar água fisicamente disponível, afeta mais de 1,5 bilhão de pessoas. Já a falta de informações sobre a qualidade de rios, lagos e lençóis freáticos, faz com que 3 bilhões de pessoas estejam expostas a doenças ao redor do mundo. Como resultado de perdas na agricultura, na saúde, na renda e na propriedade, regiões atingidas pela escassez de água podem ver suas taxas de crescimento caírem até 6% do PIB nos próximos 30 anos, segundo estimativa do Banco Mundial.
De acordo o relatório ‘Água: Biodiversidade, Serviços Ecossistêmicos e Bem-estar Humano no Brasil’, elaborado pela Plataforma Brasileira de Biodiversidade e Serviços Ecossistêmicos (BPBES), caso as medidas necessárias não sejam tomadas, a demanda de água em 2030 pode aumentar 2000% em relação aos últimos 100 anos, levando milhões de brasileiros a uma crise hídrica. “Somente com políticas públicas baseadas em ciência seremos capazes de reverter esta tendência e preservar a qualidade da água que consumimos e usamos para produção de alimentos”, alerta a cientista Márcia Barbosa. Reconhecer a urgência é fundamental. Agir é urgente!
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