Paralisação pode afetar ida de cariocas para o trabalho Paulo Carneiro/Parceiro/Agência O Dia
Publicado 28/03/2022 17:03 | Atualizado 28/03/2022 18:10
Rio - O Sindicato dos Rodoviários irá realizar, nesta segunda-feira, uma assembleia com todos os profissionais da classe para decidir se haverá paralisação dos ônibus na cidade. Lideranças do movimento dos rodoviários tiveram uma reunião, nesta terça-feira, com o Ministério Público do Trabalho (MPT), mas não houve acordo para a desmobilização da assembleia que decidirá ou não pela greve. A paralisação pode começar a valer ainda na madrugada desta terça-feira.
Segundo Sebastião José, presidente do Sindicato dos Rodoviários, a proposta inicial feita pelos empresários era de suspender a paralisação por setenta dias; mas o Ministério Público achou o prazo longo demais e sugeriu que a categoria aguardasse até a próxima segunda-feira. A greve seria uma resposta da classe após decisão do Tribunal Regional do Trabalho (TRT) não acatar pedido de reajuste salarial relativo aos anos de 2021 e 2022.
"Como já era esperado, os empresários não ofereceram nenhuma proposta para reajustar os salários e demais benefícios. Diante disso, iremos submeter o apelo feito pelo MPT aos trabalhadores durante a assembleia geral que faremos hoje às 20h, na sede social do sindicato, na Estrada do Otaviano, 440, em Rocha Miranda. A greve já está decretada; mas quem decidirá o início da paralisação será a categoria. Os trabalhadores não irão mais aceitar qualquer tipo de promessa dos empresários de ônibus", explicou Sebastião José, presidente do Sindicato dos Rodoviários. 
De acordo com o Sebastião, os trabalhadores não aceitam mais as promessas feitas pelos empresários. A classe já esta há três anos sem nenhum reajuste salarial. "Lá se vão três anos sem nenhum reajuste, seja de salário, tickets ou cesta básica", disse.
Ainda segundo o sindicalista, a situação enfrentada pelos rodoviários é fruto da falta de sensibilidade dos empresários do setor que se negam a atender as demandas dos profissionais. "Quem acaba pagando a conta são os usuários, que já convivem com a precariedade dos ônibus e a categoria. Em todos esses anos como sindicalista jamais presenciei um quadro tão tenebroso como agora", conclui Sebastião.
 
Na última quinta-feira, o TRT disse em nota que a decisão foi tomada a favor da Fetranspor, que ainda fez o requerimento da abusividade da greve ajuízada pelo sindicato. "Por maioria, a Sedic seguiu o entendimento do relator, desembargador Rildo Albuquerque Mousinho de Brito, que votou pela perda de objeto, pois a greve, originariamente marcada para 29 de novembro de 2021, não ocorreu devido a tutela de urgência deferida pelo desembargador do TRT/RJ Alvaro Luiz Carvalho Moreira, em 28/11", explica.
A Secretaria Municipal de Transportes foi procurada pela reportagem do DIA, mas até o momento não se manifestou sobre a possibilidade de uma greve dos rodoviários nesta terça-feira.
 
Leia mais