Publicado 30/03/2022 19:06 | Atualizado 31/03/2022 08:57
Rio - A greve dos garis, que completou três dias nesta terça-feira (30), ainda está sem perspectivas de resultar em algum acordo. Após duas rodadas de negociações, o Sindicato dos Empregados das Empresas de Asseio e Conservação do Município do Rio de Janeiro (Siemaco/RJ) e a Companhia Municipal de Limpeza Urbana (Comlurb) não chegaram conseguiram alinhar as demandas. Em novo capítulo da queda de braço, durante audiência de conciliação no Tribunal Regional do Trabalho (TRT), o sindicato da categoria não aceitou a nova proposta feita pelo TRT e manteve a paralisação.
fDe acordo com o secretário geral do Siemaco/RJ, Antonio Carlos da Silva, foi oferecido como proposta de reajuste salarial 6% no mês de março e outros 2% em agosto, completando o valor a ser reajustado quando os outros servidores da administração direta serem reajustados no final do ano. Além disso, foi oferecido aumento de 3% em cima do tíquete de refeição.
Logo após a audiência, durante assembleia na porta do TRT, os garis decidiram por manter a greve. Com isso, está mantida pela categoria apenas a limpeza dos hospitais, escolas e feiras livres.
“Vamos convocar uma nova assembleia com a categoria até o final da semana. São os trabalhadores que vão decidir os rumos que vamos tomar”, ponderou Silva.
Durante a primeira audiência, a Comlurb ofereceu 5% de reajuste salarial (a proposta anterior era de 4%), sendo outra parte dada no mês de novembro. Essa oferta também não foi aceita pela categoria. “A Comlurb, insistindo no conflito, tenta induzir a Justiça contra o nosso legítimo movimento. Mas a realidade que não consegue esconder é que estamos há 3 anos sem qualquer reajuste, com uma perda de mais de 19% em nosso poder de compra devido à inflação do período”, disse nota do sindicato, antes da audiência de conciliação.
“Nós pedimos 25% de reajuste salarial e o mesmo valor em cima do tíquete de refeição. Outro pedido é que seja dada a insalubridade às Agentes de Preparo de Alimentos, que são as funcionárias da Comlurb que fazem merendas nas escolas da prefeitura”, explicou Silva.
“Nós pedimos 25% de reajuste salarial e o mesmo valor em cima do tíquete de refeição. Outro pedido é que seja dada a insalubridade às Agentes de Preparo de Alimentos, que são as funcionárias da Comlurb que fazem merendas nas escolas da prefeitura”, explicou Silva.
Enquanto o problema não é solucionado, várias ruas da cidade sofrem com o acúmulo de lixo. Na noite desta terça-feira, grupos de homens como s rostos cobertos foram filmados espalhando lixo acumulado na Zona Sul. Alguns deles chegaram a ameaçar garis que trabalhavam. O prefeito Eduardo Paes compartilhou as imagens que mostram a ação do grupo em suas redes sociais e os chamou de “marginais” e “delinquentes”.
Por meio de nota, a Comlurb informou que aguarda a análise em assembleia do sindicato da categoria às condições oferecidas pelo Tribunal Regional do Trabalho e pelo Ministério Público do Trabalho, na audiência realizada nesta quarta-feira. Segundo a companhia, durante a audiência, a juíza reformou a ilegalidade da greve. A Comlurb informou ainda que segue com seu plano de contingência em andamento para evitar prejuízos à população do Rio de Janeiro, o que inclui a otimização de roteiros de coleta e a contratação de mão de obra temporária, entre outras ações operacionais. Conforme a companhia, atrasos pontuais inerentes à condição de greve estão sendo contornados pelas equipes operacionais.
"A Companhia, porém, pede a colaboração da população neste período para manter a cidade limpa, respeitando dia e horário da coleta e descartando corretamente o lixo.”, diz nota da Comlurb
"A Companhia, porém, pede a colaboração da população neste período para manter a cidade limpa, respeitando dia e horário da coleta e descartando corretamente o lixo.”, diz nota da Comlurb
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