Publicado 06/04/2022 13:00
Rio - Após deixar a cadeia, a mãe do menino Henry Borel, Monique Medeiros, precisou voltar ao sistema prisional, na manhã desta quarta-feira, para colocar a tornozeleira eletrônica. Segundo a Coordenação de Monitoramento Eletrônico da Secretaria de Administração Penitenciária (Seap), o equipamento foi instalado conforme determinação judicial e a professora, acusada ao lado do ex-vereador Dr. Jairinho pela morte do próprio filho, foi liberada para retornar ao seu domicílio.
Segundo a Seap, Monique se apresentou, como determina a decisão judicial, na cadeia. Chegou, instalou o equipamento, ficou em ambiente isolado para não ter contato com outras apenadas, testou a tornozeleira e foi embora logo em seguida. A acusada tinha até cinco dias para colocar o equipamento, conforme decisão da Justiça.
Monique teve sua prisão preventiva convertida em domiciliar, nesta terça-feira, pela juíza Elizabeth Machado Louro, titular da 2ª Vara Criminal da Capital. Assim como Jairinho, Monique estava presa desde o dia 8 de abril do ano passado. A magistrada determinou ainda que ela ficasse em um imóvel distinto dos que já havia residido antes e que o endereço desse local deve permanecer em sigilo. Ela também foi orientada a não falar com terceiros, além de familiares e de seus advogados.
"Fica, ainda, vedada à ré Monique, enquanto perdurar a monitoração, qualquer comunicação com terceiros - com exceção apenas de familiares e integrantes de sua defesa -, notadamente testemunhas neste processo, seja pessoal, por telefone ou por qualquer recurso de telemática, assim também postagens em redes sociais, quaisquer que sejam elas, sob pena de restabelecimento da ordem prisional", detalhou a juíza.
Na mesma decisão, Elizabeth também manteve a prisão preventiva do ex-vereador Dr. Jairinho. Ele teve o mandato cassado pela Câmara de Vereadores do Rio no ano passado e assim como Monique está preso desde o mês de abril, cerca de um mês após a morte do menino Henry Borel.
Nesta terça-feira, o pai do menino, Leniel Borel, se manifestou sobre a decisão da Justiça de autorizar prisão domiciliar para Monique Medeiros. Em vídeo publicado pelo portal R7, ele definiu a soltura da ex-companheira como "inacreditável".
"Monique é tão culpada quanto Jairo. Ela merece uma pena igual ou maior do que ele. Respeitamos a decisão da juíza, mas vamos recorrer, nós, assistentes de acusação, acompanhando o Ministério Público. É uma afronta para nós, cidadãos, soltar uma ré acusada de crime doloso. Como pode isso?", questionou.
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