Publicado 07/04/2022 17:44 | Atualizado 07/04/2022 18:02
Rio - Depois de 11 dias e mais uma rodada de negociação, a greve dos garis da Companhia Municipal de Limpeza Urbana (Comlurb) ainda não chegou ao fim. Durante audiência no Tribunal do Trabalho (TRT-RJ), nesta quinta-feira (7), a proposta pedida pelos trabalhadores de 15% no reajuste dos salários e tíquetes de alimentação não foi aceita pela companhia. Pelo novo acordo, seria mantido o reajuste salarial de 6% em março, 2% em agosto e o restante em novembro, de acordo com o aumento dos outros servidores. O tíquete alimentação teria aumento de 6% (anteriormente o valor acordado era de 3%). A audiência foi acompanhada em meio a protestos dos garis na porta do TRT.
Na última audiência, no dia 31 de março, os trabalhadores rejeitaram a proposta apresentada em assembleia da categoria.
“O MPT (Ministério Público do Trabalho) entendeu a greve como abusiva. Deu esse parecer e mandou para o tribunal. Na segunda-feira (12), vai ocorrer o julgamento da abusividade da greve no TRT”, informou Silva.
Em greve desde o dia 28, nesta semana, os trabalhadores reviram a pauta de reivindicação e pediram a volta das negociações. Antes a categoria, que está sem reajuste há três anos, pedia 25% de reajuste nos salários e tíquetes alimentação. A nova proposta pedia 15% de aumento.
Em greve desde o dia 28, nesta semana, os trabalhadores reviram a pauta de reivindicação e pediram a volta das negociações. Antes a categoria, que está sem reajuste há três anos, pedia 25% de reajuste nos salários e tíquetes alimentação. A nova proposta pedia 15% de aumento.
MPT considera greve abusiva
Também no início desta semana, a procuradora regional do trabalho, Deborah da Silva Felix, considerou em seu parecer encaminhado à Justiça do Trabalho que a paralisação não respeitou parte da legislação trabalhista. A procuradora afirmou ainda que o sindicato da categoria não poderia declarar greve, enquanto as negociações ainda estivessem mantidas.
Semana de protestos
Semana de protestos
Pela manhã da terça-feira (5), um grupo de garis fez uma passeata do Centro até a Zona Sul da cidade em protesto por melhores condições de salário. "Respeitem os Garis!", "Não tem arrego", eram alguns dos gritos entoados pelos profissionais da Comlurb. Nesta quarta-feira (6), os trabalhadores fizeram protestos em frente as sedes da Comlurb e da prefeitura.
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