Secretário Municipal de Saúde Rodrigo Prado afirmou que a remessa de vacina contra a gripe recebida foi maior do que o esperadoReginaldo Pimenta / Agência O Dia
Publicado 11/04/2022 08:06
Rio - O secretário municipal de Saúde do Rio, Rodrigo Prado, afirmou, nesta segunda-feira, que a remessa de vacina contra a gripe recebida foi maior do que o esperado, o que possibilitou o avanço no calendário. A SMS antecipou em dez dias a imunização contra a Influenza para maiores de 60 anos.

"A gente precisa que a procura aumente. Quanto mais as pessoas se vacinarem, mais rápido estarão protegidas contra a gripe. É fundamental que venham aos postos se vacinar", afirmou Rodrigo Prado, que esteve na Clínica da Família Santa Marta, em Botafogo, na manhã desta segunda-feira.

Desta segunda semana até 30 de abril, serão atendidos nas unidades de Atenção Primária (clínicas da família e centros municipais de saúde) os idosos a partir de 60 anos, além dos trabalhadores da saúde de qualquer idade em seus respectivos locais de trabalho.

A campanha de vacinação contra a Influenza no município do Rio foi iniciada em 4 de abril e tem a meta de alcançar a cobertura de 90% dos grupos prioritários, o que corresponde a cerca de 1,8 milhão de pessoas na cidade.

"Hoje nós estamos adiantando o calendário vacinal contra a gripe. Os idosos acima de 60 anos vão poder se vacinar. Além deles, todos os profissionais de saúde vão poder se vacinar na própria unidade. Com isso, a gente espera avançar mais rápido nos grupos prioritários", completou.
A aposentada Márcia da Penha de Carvalho, de 61 anos, esteve na manhã desta segunda-feira na Clínica da Família Santa Marta, onde a filha Jueslania Carvalho trabalha como enfermeira. A profissional de Saúde não deixou a mãe "perder a viagem".

"Covid eu não pego mais, nem gripe. Eu vim ver minha filha, que não vejo há uma semana e me colocaram para vacinar", brincou Márcia da Penha.

A filha, que se orgulha de ter aplicado todas as vacinas contra a covid-19 em Márcia, agora disponibiliza a dose contra a Influenza.

"É um prazer poder vacinar minha mãe, poder cuidar dela, que me deu a vida, investiu na minha educação e hoje estou podendo protegê-la", declarou a enfermeira.
Maria Isabel Camargo, completou 60 anos em março. A corretora de imóveis soube na manhã desta segunda-feira pelo noticiário que o calendário havia sido antecipado e foi tomar sua dose contra a gripe na Clínica da Família Santa Marta.

"Eu estava ansiosa esperando esse dia porque a gente tem que se prevenir contra essas doenças. Estou indo viajar para o feriado e quero ir com a carteirinha com tudo ok", afirmou.
Maria do Céu, de 71 anos, passou no posto antes de praticar sua atividade física. Ela comemorou mais uma imunização. "Xô, vírus!", celebrou. 
No prédio da Clínica da Família Santa Marta também funciona um espaço de convivência de idosos. Nesta segunda-feira, muitos se preparavam para um passeio no CCBB e aproveitaram para se imunizar. Foi o caso da dona Tina, bem-humorada e querida na unidade. "Eu não vim tomar vacina, eu vim para o passeio. Mas me puxaram e eu já tomei. Estou em dia. Tudo que aparece aqui, eu vou atrás", afirmou Maria das Dores do Amaral, 73 anos, ou, Tina para os íntimos.
Maria Urânia Bezerra,64, ficou sabendo nesta segunda-feira (11) pela TV que poderia se vacinar e foi direto ao posto. "É importante tomar todas as vacinas. Meu caderninho da vacina está em dia. Escutei hoje de manhã e já passei aqui e já estou imunizada", afirmou.
A campanha de vacinação contra a gripe é anual porque precisa ser atualizada contra as novas variantes. A deste ano oferece proteção contra a cepa H3N2, que sobrecarregou o sistema de Saúde da cidade do Rio no fim do ano passado. A campanha se estende até 3 de junho. A vacina, produzida pelo Instituto Butantan, protege contra as três cepas do vírus influenza mais circulantes no Hemisfério Sul no último ano: H1N1, H3N2 Darwin e tipo B.
Os idosos que tiverem dificuldade de locomoção podem ser vacinados dentro do carro nos próprios postos. A campanha ocorre em duas etapas. A primeira é realizada entre os dias 4 e 30 de abril, quando serão vacinados trabalhadores da saúde e idosos. Já a segunda etapa ocorre entre os dias 2 de maio e 3 de junho e inclui os grupos prioritários, formados por pessoas que são mais vulneráveis às complicações da Influenza, ou mais suscetíveis ao contato com o vírus, como os trabalhadores da saúde.
Entre os dias dois e sete de maio, crianças de seis meses a quatro anos, 11 meses e 29 dias poderão ser vacinadas contra a influenza. Além desse grupo, grávidas e puérperas poderão receber a dose do imunizante.

Já entre os dias nove e 14 de maio será a vez dos trabalhadores da saúde e dos outros grupos prioritários entre os 50 e 59 anos. Neste período, também haverá a repescagem dos grupos que não puderam se vacinar.

Em seguida, entre os dias 16 e 21 de maio, trabalhadores de saúde e pessoas entre 40 e 49 anos poderão ser imunizadas. Nos dias 23 e 28 de maio será a vez dos grupos entre 30 e 39 anos, além dos profissionais de saúde.

A última etapa da campanha acontecerá entre os dias 30 de maio e três de junho. Na ocasião, poderão ser vacinados os grupos prioritários entre cinco e 29 anos, além dos profissionais de saúde. A Prefeitura do Rio considera residentes e trabalhadores de ILPI, crianças entre seis meses a cinco anos, grávidas e puérperas como parte dos grupos prioritários.
Além desses, fazem parte do grupo pessoas com deficiência permanente, comunidades indígenas, pessoas com doenças crônicas, trabalhadores da educação, funcionários do sistema prisional, população privada de liberdade, forças de segurança e salvamento, forças armadas, trabalhadores portuários, caminhoneiros e trabalhadores rodoviários.
A Prefeitura do Rio pede ao Ministério da Saúde para que a campanha seja ampliada para toda a população, o que ainda não foi acatado. O secretário municipal Rodrigo Prado afirmou que as doses excedentes poderão ser aplicadas na população em geral quando todos os grupos prioritários estiverem protegidos.
Covid-19

Os idosos acima de 80 anos também devem aproveitar para se vacinar com a segunda dose de reforço contra a covid-19, também conhecida como quarta dose. Não há expectativa para que a quarta dose seja aplicada em idosos com menos de 80 anos.

A Prefeitura do Rio ainda aguarda o envio de um lote de Pfizer pelo Ministério de Saúde, que já tem mais de duas semanas de atraso.

O secretário reforçou que a população acima de 80 anos deve procurar os postos para se imunizar contra a gripe e receber a quarta dose de reforço contra a covid. Até agora, apenas 28% deste grupo reforçou a vacina contra o coronavírus.
A população maior de 18 anos também deve retornar para receber o reforço. A taxa ainda está em 61%. Para que a última medida restritiva, o passaporte vacinal, seja retirado, o número tem que chegar a 70%.
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