Publicado 11/04/2022 12:05
Rio - Familiares de Henry Borel protestaram contra a decisão que concedeu liberdade condicional a Monique Medeiros, mãe da criança, na manhã desta segunda-feira (11). O ato que começou na Câmara Municipal do Rio e se estendeu até o Tribunal de Justiça, reuniu Leniel Borel, pai de Henry, a avó Noêmia Camargo e integrantes de movimentos sociais e ONGs ligadas à casos de impunidade. Monique e o ex-vereador Jairo Souza Santos Junior, o Dr. Jairinho, são acusados da morte do menino, no dia 8 de março de 2021.
Durante a manifestação, Leniel afirmou não aceitar a soltura da ex-esposa e questionou quais os precedentes para o cumprimento de prisão domiciliar, já que a acusada não apresentou provas de que estaria sendo coagida na prisão.
"Qual é a prerrogativa que a Monique tem diferente de qualquer mãe que está aqui? (...) Não tem justificativa para Monique estar solta, para Monique estar em prisão domiciliar, assim como não tem para o Jairo. Será que isso aí é uma previsão para soltarem Jairo? Nós estamos aqui lutando por justiça. Monique tem que ficar presa, muito presa, e Jairo também. (...) A juíza unilateralmente bota a Monique em prisão domiciliar por uma coisa que nem provada foi? Qual é a prova que tem que a Monique sofreu qualquer tipo de coação na cadeia? Monique saiu pela porta da frente sorrindo e sem nenhum arranhão. Tinham outras presas lá para receber a tornozeleira, e a Monique passou na frente de todo mundo".
O pai de Henry também relembrou que, até o momento, a morte do menino não foi totalmente solucionada. "O quê que aconteceu com o Henry Borel? Quem matou meu filho? Foi Monique? Foi Jairo? Foram os dois? Foi Monique que segurou e Jairo executou ou vice-versa? Até agora não sabemos. Monique ficou 12 horas em depoimento, e a única coisa que ela falou, de uma forma muito dissimulada, em frente da juíza, para o Brasil inteiro, que só três pessoas poderiam falar o que aconteceu com Henry: Deus, Henry e Jairo. Quer dizer, ela estava no apartamento, ela estava do lado, como que ela não sabia o que aconteceu com o Henry?", indagou.
Durante a manifestação, Leniel afirmou não aceitar a soltura da ex-esposa e questionou quais os precedentes para o cumprimento de prisão domiciliar, já que a acusada não apresentou provas de que estaria sendo coagida na prisão.
"Qual é a prerrogativa que a Monique tem diferente de qualquer mãe que está aqui? (...) Não tem justificativa para Monique estar solta, para Monique estar em prisão domiciliar, assim como não tem para o Jairo. Será que isso aí é uma previsão para soltarem Jairo? Nós estamos aqui lutando por justiça. Monique tem que ficar presa, muito presa, e Jairo também. (...) A juíza unilateralmente bota a Monique em prisão domiciliar por uma coisa que nem provada foi? Qual é a prova que tem que a Monique sofreu qualquer tipo de coação na cadeia? Monique saiu pela porta da frente sorrindo e sem nenhum arranhão. Tinham outras presas lá para receber a tornozeleira, e a Monique passou na frente de todo mundo".
O pai de Henry também relembrou que, até o momento, a morte do menino não foi totalmente solucionada. "O quê que aconteceu com o Henry Borel? Quem matou meu filho? Foi Monique? Foi Jairo? Foram os dois? Foi Monique que segurou e Jairo executou ou vice-versa? Até agora não sabemos. Monique ficou 12 horas em depoimento, e a única coisa que ela falou, de uma forma muito dissimulada, em frente da juíza, para o Brasil inteiro, que só três pessoas poderiam falar o que aconteceu com Henry: Deus, Henry e Jairo. Quer dizer, ela estava no apartamento, ela estava do lado, como que ela não sabia o que aconteceu com o Henry?", indagou.
Noêmia Camargo sustentou que a mãe de seu neto não deveria ter saído da cadeia depois do crime que cometeu.
"Estamos aqui reunidos para que a Monique volte para a cadeia, que é o lugar dela, que ela não deveria nem ter saído, por justiça pelo Henry Borel. Queremos só justiça, eu, meu filho, todos os meus familiares queremos justiça para o Henry. Ela foi cúmplice, ela sabia dos maus tratos que ele estava sofrendo e não passou nada para o meu filho. Meu filho foi totalmente enganado por ela. Todos os familiares dela sabiam: a prima, a mãe, a babá, mas o meu filho não sabia. Se ele soubesse, tinha tirado o Henry convívio dela e do Jairo", contou a avó do menino.
"O mundo todo está revoltado, está todo mundo indignado com a Monique fora da prisão, porque tem muitas pessoas igual a ela, sofrendo maus-tratos dentro da prisão, então por que ela tem que ficar em casa respondendo em liberdade?", indagou.
Monique Medeiros foi solta na terça-feira passada (5), após decisão da juíza Elizabeth Machado Louro, da 2ª Vara Criminal, que determinou que a ré seja monitorada por tornozeleira eletrônica. Ela estava presa há quase um ano, desde 8 de abril de 2021
Ministério Público pede revogação da prisão domiciliar
O Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (MPRJ) entrou com recurso contra a decisão que determinou o relaxamento da prisão preventiva de Monique Medeiros na última sexta-feira (8). De acordo com o MPRJ, apesar de proibição da Justiça, Monique usou as suas redes sociais depois de ser solta.
Conforme ação do MPRJ, logo depois da sua soltura, Monique se envolveu em postagens veiculadas em suas redes sociais, mesmo após o juízo ter decretado que uma das condições para a soltura dela seria a proibição de postagens em redes sociais, "quaisquer que sejam elas", sob pena de restabelecimento da ordem prisional.
Conforme ação do MPRJ, logo depois da sua soltura, Monique se envolveu em postagens veiculadas em suas redes sociais, mesmo após o juízo ter decretado que uma das condições para a soltura dela seria a proibição de postagens em redes sociais, "quaisquer que sejam elas", sob pena de restabelecimento da ordem prisional.
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