Publicado 12/04/2022 11:12
Rio - A Polícia Federal (PF) e a Polícia Rodoviária Federal (PRF) realizaram, na manhã desta terça-feira (12), a operação Naftalina, para desarticular uma organização criminosa que adulterava e revendia combustíveis, e praticava lavagem de dinheiro. O grupo é chefiado por um miliciano do Rio de Janeiro, já preso.
Cerca de 160 agentes e quatro auditores da Receita Federal cumpriram nove mandados de prisão preventiva e seis de prisão temporária; oito medidas cautelares de suspensão de atividade econômica; além de 21 de busca e apreensão na Grande Vitória, no Espírito Santo; quatro no Rio de Janeiro; e dois em São Paulo. Uma pessoa foi presa no Rio.
Além de usar outras pessoas para ocultar o patrimônio obtido com os crimes e os reais operadores do esquema, o miliciano ainda investia a maior parte dos lucros em outras atividades criminosas ligadas à milícia. Com apoio do Ministério Público do Espírito Santo (MPES) e da Receita Federal, a investigação descobriu que, pelo menos desde 2020, a quadrilha vem recebendo irregularmente cargas de álcool hidratado e de nafta solvente, vindos de outros estados, realizando a adulteração de combustíveis e os vendendo em postos da Grande Vitória.
De acordo com a Polícia Federal, as primeiras ações da operação aconteceram depois de uma série de abordagens a veículos tanque feitas pela PRF, que percebeu irregularidades nas notas fiscais de cargas de nafta solvente e álcool hidratado vindos de outros estados. Havia indicativos de empresas fantasma e de fachada, além de emissão de notas fiscais falsas por trás das cargas transportadas, dificultando a fiscalização durante o transporte.
Após reunirem dados, as informações foram encaminhadas à PF, que deu início a uma investigação que identificou pessoas e empresas, estruturadas em uma grande organização criminosa, envolvidas na receptação, distribuição e venda de combustíveis adulterados. Ainda segundo PF, quando o material chegava à Grande Vitória, era levado para um pátio clandestino em Vila Velha, também no Espírito Santo, onde era misturado e a ele adicionado um corante para dar coloração de gasolina.
Em seguida, o produto adulterado era distribuído em pelo menos oito postos da quadrilha, a maioria deles no município de Cariacica, para vender aos clientes. Os bens usados no crime, em especial os caminhões e os estabelecimentos, estão em nomes de laranjas e foram adquiridos por meio de dinheiro obtido com outros crimes e também do desenvolvimento da prática de adulteração.
O grupo desviou 1.375.352 litros de nafta solvente e cerca de 371.200 litros de álcool hidratado, totalizando o litro da gasolina adulterada o montante aproximado de R$ 3,15. De acordo com a Polícia Federal, considerando os valores atualmente praticados no mercado, em que o litro de do combustível é comprado, em média, por R$ 7, a estimativa é que os criminosos chegavam a lucrar mais de 100% com o esquema investigado, projetando um lucro de mais de R$ 6 milhões.
Os investigados vão responder por organização criminosa; receptações qualificadas; adulterações de combustíveis e revendas em desacordo com a Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP); crimes contra o consumidor; crime ambiental; e lavagem de dinheiro. Somadas, as penas podem chegar a mais de 41 anos de condenação. Na operação, também é realizado sequestro de bens dos envolvidos.
O grupo desviou 1.375.352 litros de nafta solvente e cerca de 371.200 litros de álcool hidratado, totalizando o litro da gasolina adulterada o montante aproximado de R$ 3,15. De acordo com a Polícia Federal, considerando os valores atualmente praticados no mercado, em que o litro de do combustível é comprado, em média, por R$ 7, a estimativa é que os criminosos chegavam a lucrar mais de 100% com o esquema investigado, projetando um lucro de mais de R$ 6 milhões.
Os investigados vão responder por organização criminosa; receptações qualificadas; adulterações de combustíveis e revendas em desacordo com a Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP); crimes contra o consumidor; crime ambiental; e lavagem de dinheiro. Somadas, as penas podem chegar a mais de 41 anos de condenação. Na operação, também é realizado sequestro de bens dos envolvidos.
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