Publicado 16/04/2022 16:44
Rio - Apesar de ainda faltar dois meses para o dia de Corpus Christi (16 de junho), algumas pessoas decidiram antecipar a celebração e fizeram artes em tapetes de sal na Rua Morais e Vale, onde fica a tradicional casa de samba conhecida como Beco do Rato, na Lapa. Anna Marz, que mora no local há doze anos, disse ao DIA que a região estava precisando de arte, pois "andava muito marginalizada".
"A gente viu que a vocação dessa rua é a arte, então é isso que estamos trazendo. Temos o histórico de moradores ilustres, como por exemplo o Manuel Bandeira (poeta), Chiquinha Gonzaga (compositora), e Madame Satã (transformista). Nós estamos tentando resgatar, pós pandemia, a união e a reconstrução da rua".
O Beco do Rato tem 18 anos de tradição na Lapa, um dos bairros mais boêmios do Rio. O nome é uma homenagem à lenda que segue a região. Na década de 1970, boa parte dos ladrões de carteiras, os ratos, abandonavam o produto do roubo no beco.
A tradicional casa tem programação de samba quase todos os dias da semana. O único dia que o local não funciona é nas quartas-feiras. Já passaram por lá artistas como Jorge Aragão, Moacyr Luz e Arlindo Cruz.
Tapetes de sal
Os tapetes de Corpus Christi são uma tradição católica popular, que é comum em várias cidades do Brasil e Portugal, sendo confeccionados durante a celebração do dia de Corpus Christi. A prática consiste na confecção de representações de cenas bíblicas, objetos devocionais ou simples temas ornamentais sobre as ruas em que a procissão da Eucaristia passará.
O de mais costume, são desenhos que fazem alusão à figura de Cristo, do pão e do cálice. Para sua confecção, grupos de paroquianos se reúnem na noite anterior ao dia de Corpus Christi, tornando a prática um espaço de sociabilização entre os fiéis.
Leia mais
Comentários
Os comentários não representam a opinião do jornal e são de responsabilidade do autor.