Publicado 18/04/2022 18:37 | Atualizado 18/04/2022 19:47
RIO — A Comissão de Justiça e Redação da Câmara dos Vereadores do Rio inseriu, nesta segunda-feira, dia 18, duas novas provas ao processo de cassação do mandado contra o vereador Gabriel Monteiro(PL). O parlamentar está sendo investigado por crimes de assédio moral e sexual, por ex-funcionários de seu gabinete na Câmara.
O conselho concluiu que os dois documentos atendem as regras formais. Em um dos documentos, seria a respeito de um vídeo, que veio à tona na última semana, em que o vereador aparece supostamente beijando o pescoço de uma criança de 10 anos. O segundo documento se refere à denúncia que o Ministério Público do Rio ofereceu no início do mês à 28.ª Vara Criminal por filmar uma relação sexual com uma menor de idade.
Conhecido como aditamento, o procedimento de adição de provas é um rito processual, sendo aceitas por unanimidade na Comissão de Justiça e Redação da Câmara. Neste momento, o processo será reencaminhado para o relator, o vereador Chico Alencar (PSOL), que têm até cinco dias úteis para citar o parlamentar sobre a abertura do procedimento. A partir daí, o vereador terá mais 10 dias úteis para apresentar sua defesa prévia.
Participaram da reunião da Comissão nesta terça-feira o presidente do colegiado, vereador Inaldo Silva (Republicanos), e os vereadores Dr. Gilberto (PTC) e Alexandre Isquierdo (União Brasil), que não votou por também ser presidente do Conselho de Ética, órgão responsável pela representação.
Com a adição destes documentos, já são quatro documentos sob análise do Conselho de Ética. Os documentos que já existiam contra o vereador se referem a um vídeo em que Gabriel contracena com um morador orientado pela equipe do vereador a fingir estar praticando um furto e acaba sendo agredido por um PM, um dos responsáveis pela segurança pessoal do parlamentar.
Já o outro processo envolve um vídeo em que Gabriel Monteiro instrui uma criança a dizer passar por dificuldades financeiras e não ter o que comer. A conduta do parlamentar teria infringido várias violações contra o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA).
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