Publicado 28/04/2022 22:30
Rio - A homenagem feita pela Acadêmicos do Grande Rio, campeã do carnaval 2022, para Exu, uma das entidades da religiosidade afrobrasileira parece ter influenciado outras áreas do Rio. Um projeto de lei, que será votado na Câmara Municipal, feita pelo vereador Átila Nunes (PSD) quer transformar a entidade afrobrasileira em patrimônio do Rio. A proposta é que, com isso, a desmistificação da divindade ajude a combater o preconceito religioso.
O projeto de lei foi protocolado na última quarta-feira, dia 27, um dia após o primeiro título da Grande Rio, como campeã do Carnaval carioca. A escola de Duque de Caxias, levou a história de Exu para a avenida, abordando temas como intolerância religiosa e preconceito. O orixá, representado pelo ator Demerson D’Alvaro, que esteve na comissão de frente da escola e um dos destaques do desfile, evidenciou o racismo religioso e toda a hostilidade às religiões de matriz africana.
O projeto de lei foi protocolado na última quarta-feira, dia 27, um dia após o primeiro título da Grande Rio, como campeã do Carnaval carioca. A escola de Duque de Caxias, levou a história de Exu para a avenida, abordando temas como intolerância religiosa e preconceito. O orixá, representado pelo ator Demerson D’Alvaro, que esteve na comissão de frente da escola e um dos destaques do desfile, evidenciou o racismo religioso e toda a hostilidade às religiões de matriz africana.
“O projeto de lei foi apresentado de alguma forma com base nessa grande vitória da Grande Rio, quando ela tem toda a coragem e todo brilhantismo da escola em apresentar como tema Exu. E não digo apenas apresentar, desfilar e homenagear, mas em inspirar todos nós que somos adeptas as religiões afro-brasileiras em cada vez mais assumirmos a nossa fé, e o que acho mais importante, poder desmistificar figuras infelizmente associadas, por desconhecimento, de outros adeptos de outras religiões que muitas vezes não tem o entendimento correto e acabam associando a uma figura maligna, o que para nós é uma figura protetora, que vai abrindo nossos caminhos”, disse Nunes.
De acordo com o vereador, a forma como a Grande Rio trouxe a figura do orixá foi feita com muito brilhantismo, não só em termos visuais e musicais, mas uma mensagem muito forte que envolveu todos que acompanhavam o desfile levantando a Sapucaí. Para Átila, a intolerância religiosa está cada vez mais presente, onde por muitas vezes, por medida de segurança, muitas pessoas deixarem de expressar sua fé, especificamente ao orixá e a exu.
“Ali foi quase como um grito pela liberdade religiosa, contra o preconceito de quem estava falando assim ‘olha eu quero ter a liberdade de poder cultuar o meu Exu sem sofrer preconceito, sem dizer que sou adorador do demônio, sem medo de assumir isso publicamente a sociedade’. Aquilo foi de alguma forma o que estava entalado na garganta porque nós estamos passando por um momento em que as pessoas estão sofrendo agressão física pela sua fé”, disse Átila
A Mãe de Santo Carla de Oxum, reforçou a extrema necessidade do projeto devido aos casos de intolerância religiosa.
"Diariamente um irmão de crença denuncia que a sua casa ou um dos seus filhos sofreu um ataque nas redes sociais, ou pessoalmente. Estamos cansados de tratarem os nossos exus como demônios, quando, na verdade, o preconceito é o verdadeiro mal da sociedade", afirmou mãe Carla.
O projeto de lei foi protocolado na última quarta-feira e após aprovado, em duas votações pelo Plenário da Câmara Municipal do Rio, seguirá para sanção do prefeito Eduardo Paes.
Outro caso de intolerância religiosa
Dois dias após o feriado em homenagem a São Jorge, a imagem do santo, localizado na Praça Chafariz, em Irajá, na Zona Norte do Rio, foi destruída na madrugada desta segunda-feira, dia 25. A Polícia Civil investiga o caso.
Segundo Átila Nunes, relator da CPI da Intolerância Religiosa na Assembleia do Rio, o caso foi encaminhado para a Delegacia de Crimes Raciais e Delitos de Intolerância (Decradi), que investiga o caso.
De acordo com o vereador, a forma como a Grande Rio trouxe a figura do orixá foi feita com muito brilhantismo, não só em termos visuais e musicais, mas uma mensagem muito forte que envolveu todos que acompanhavam o desfile levantando a Sapucaí. Para Átila, a intolerância religiosa está cada vez mais presente, onde por muitas vezes, por medida de segurança, muitas pessoas deixarem de expressar sua fé, especificamente ao orixá e a exu.
“Ali foi quase como um grito pela liberdade religiosa, contra o preconceito de quem estava falando assim ‘olha eu quero ter a liberdade de poder cultuar o meu Exu sem sofrer preconceito, sem dizer que sou adorador do demônio, sem medo de assumir isso publicamente a sociedade’. Aquilo foi de alguma forma o que estava entalado na garganta porque nós estamos passando por um momento em que as pessoas estão sofrendo agressão física pela sua fé”, disse Átila
A Mãe de Santo Carla de Oxum, reforçou a extrema necessidade do projeto devido aos casos de intolerância religiosa.
"Diariamente um irmão de crença denuncia que a sua casa ou um dos seus filhos sofreu um ataque nas redes sociais, ou pessoalmente. Estamos cansados de tratarem os nossos exus como demônios, quando, na verdade, o preconceito é o verdadeiro mal da sociedade", afirmou mãe Carla.
O projeto de lei foi protocolado na última quarta-feira e após aprovado, em duas votações pelo Plenário da Câmara Municipal do Rio, seguirá para sanção do prefeito Eduardo Paes.
Outro caso de intolerância religiosa
Dois dias após o feriado em homenagem a São Jorge, a imagem do santo, localizado na Praça Chafariz, em Irajá, na Zona Norte do Rio, foi destruída na madrugada desta segunda-feira, dia 25. A Polícia Civil investiga o caso.
Segundo Átila Nunes, relator da CPI da Intolerância Religiosa na Assembleia do Rio, o caso foi encaminhado para a Delegacia de Crimes Raciais e Delitos de Intolerância (Decradi), que investiga o caso.
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