Publicado 02/05/2022 19:20
Rio - Os deputados integrantes da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) dos Trens, da Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj), realizaram uma vistoria no ramal ferroviário de Japeri, na Baixada Fluminense, um dos principais do sistema operado pela concessionária SuperVia.
Durante a inspeção desta segunda-feira (2), a deputada Lucinha (PSD), presidente do colegiado, comentou que é preciso abrir uma excepcionalidade no decreto de calamidade pública, com o objetivo de fazer com que o trem expresso volte a percorrer as 34 estações do trajeto que vai de Santa Cruz à Central do Brasil.
"Na estação Deodoro, as pessoas saem correndo para pegar outra plataforma para embarcar em outro trem expresso que vai para a Central do Brasil. É um deslocamento desnecessário. Queremos fazer esse levantamento para que, no relatório final, a gente possa apontar que a Supervia é a grande responsável por esse serviço precário. Vou solicitar essa excepcionalidade, para que esse decreto não vigore nos transportes públicos, já que comércio, indústria e serviços já estão sendo normalizados. É uma demanda antiga da população de Santa Cruz, são mais de duas horas no trem", explicou Lucinha.
O funcionamento do trem expresso foi interrompido durante a pandemia. "Essa mudança foi autorizada pelo decreto que regulamentou o estado de calamidade pública, para tentar cumprir o distanciamento social que era necessário naquele momento", disse Murilo Leal, presidente da Agência Reguladora de Serviços Públicos Concedidos de Transportes Aquaviários, Ferroviários, Metroviários e de Rodovias (Agetransp).
Integrante da comissão, o deputado Luiz Paulo (PSD) ressaltou que identificou os mesmos problemas verificados na vistoria realizada na última segunda-feira (25) no ramal Santa Cruz - lixo nas margens da linha férrea, buracos nas paredes, dormentes em mau estado, falta de acessibilidade. De acordo com o parlamentar, o serviço ofertado à população fluminense não justifica o valor cobrado pela passagem.
"Nas estações de Santa Cruz, nem banheiro tem. O sistema de drenagem está todo entupido, há um matagal imenso e muita sujeira. O ramal ferroviário é o que organiza o transporte na Região Metropolitana, e com esse transporte precário há perdas de emprego e consequentemente queda no desenvolvimento econômico e social. O Pacto RJ deveria investir recursos para reestruturar o sistema ferroviário", afirmou Luiz Paulo.
A atuação da CPI dos Trens conteve o aumento de 40% no preço da passagem. O deputado estadual Waldeck Carneiro (PSB), relator da comissão, disse que o governo do estado precisa inspecionar a qualidade do serviço prestado pela Supervia. "É necessário que haja uma fiscalização rigorosa e qualificada na concessão. A Agetransp, em sessão da CPI, afirmou que só conta com dez fiscais em convênio com a Central Logística para fiscalizar 270 quilômetros de malha ferroviária e 104 estações. O interesse público do usuário, do trabalhador que pega o trem diariamente não está sendo levado em conta".
Também participaram da vistoria as deputadas Martha Rocha (PDT) e Enfermeira Rejane (PCdoB), além do deputado Eliomar Coelho (PSol).
"Na estação Deodoro, as pessoas saem correndo para pegar outra plataforma para embarcar em outro trem expresso que vai para a Central do Brasil. É um deslocamento desnecessário. Queremos fazer esse levantamento para que, no relatório final, a gente possa apontar que a Supervia é a grande responsável por esse serviço precário. Vou solicitar essa excepcionalidade, para que esse decreto não vigore nos transportes públicos, já que comércio, indústria e serviços já estão sendo normalizados. É uma demanda antiga da população de Santa Cruz, são mais de duas horas no trem", explicou Lucinha.
O funcionamento do trem expresso foi interrompido durante a pandemia. "Essa mudança foi autorizada pelo decreto que regulamentou o estado de calamidade pública, para tentar cumprir o distanciamento social que era necessário naquele momento", disse Murilo Leal, presidente da Agência Reguladora de Serviços Públicos Concedidos de Transportes Aquaviários, Ferroviários, Metroviários e de Rodovias (Agetransp).
Integrante da comissão, o deputado Luiz Paulo (PSD) ressaltou que identificou os mesmos problemas verificados na vistoria realizada na última segunda-feira (25) no ramal Santa Cruz - lixo nas margens da linha férrea, buracos nas paredes, dormentes em mau estado, falta de acessibilidade. De acordo com o parlamentar, o serviço ofertado à população fluminense não justifica o valor cobrado pela passagem.
"Nas estações de Santa Cruz, nem banheiro tem. O sistema de drenagem está todo entupido, há um matagal imenso e muita sujeira. O ramal ferroviário é o que organiza o transporte na Região Metropolitana, e com esse transporte precário há perdas de emprego e consequentemente queda no desenvolvimento econômico e social. O Pacto RJ deveria investir recursos para reestruturar o sistema ferroviário", afirmou Luiz Paulo.
A atuação da CPI dos Trens conteve o aumento de 40% no preço da passagem. O deputado estadual Waldeck Carneiro (PSB), relator da comissão, disse que o governo do estado precisa inspecionar a qualidade do serviço prestado pela Supervia. "É necessário que haja uma fiscalização rigorosa e qualificada na concessão. A Agetransp, em sessão da CPI, afirmou que só conta com dez fiscais em convênio com a Central Logística para fiscalizar 270 quilômetros de malha ferroviária e 104 estações. O interesse público do usuário, do trabalhador que pega o trem diariamente não está sendo levado em conta".
Também participaram da vistoria as deputadas Martha Rocha (PDT) e Enfermeira Rejane (PCdoB), além do deputado Eliomar Coelho (PSol).
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