Publicado 03/05/2022 20:09 | Atualizado 03/05/2022 22:02
Rio - O número de casos de dengue registrados no estado do Rio de Janeiro aumentou em 81,5%, em relação a 2021, nos primeiros 4 meses deste ano. De acordo com a Secretaria de Estado de Saúde, o indicador absoluto de casos notificados é observado na capital e na região Noroeste Fluminense, cujos municípios estão sendo monitorados. Mais de 2 mil casos foram contabilizados no estado durante o quadrimestre. Infectologistas ouvidos pelo DIA ressaltaram que, apesar do índice de infecções ter elevado, o panorama ainda é baixo.
Somente na capital, foram contabilizados mais de mil casos nos primeiros entre janeiro e abril, número superior ao total de casos em 2021. Duas pessoas morreram em decorrência da doença.
Segundo o médico infectologista e coordenador de Vigilância em Saúde e Laboratórios de Referência da Fiocruz, Rivaldo Venâncio, embora os dados mostrem elevação do número de casos, o estado, em especial a Região Metropolitana do rio e a capital, ainda se encontram em patamares bem inferiores se comparado aos dados de anos anteriores, onde houve registro de mais de 120 mil casos.
Além da capital, houve um aumento de casos notificados nas regiões Metropolitana I, Norte Fluminense, Noroeste Fluminense, Serrana, Centro-Sul Fluminense e Baía da Ilha Grande. Nas demais regiões houve redução no número de casos.
Apesar da crescente do número de casos de dengue, houve uma redução de 18% nos casos de chikungunya, no mesmo período. Em 2022, foram notificados 150 casos prováveis da doença, enquanto em 2021, no mesmo período, foram registrados 183 casos. De acordo com a SES, foi registrado aumento do número de casos notificados na capital e na região Noroeste Fluminense. Já nas demais regiões houve redução ou estabilização no número de casos. I
"A chikungunya ela tem um comportamento de circulação de vírus diferente do da dengue. Ao contrário do que se via das epidemias de dengue, que passa por uma cidade inteira abrangendo todos os bairros da cidade, a chikungunya não é desse jeito. Ela é focalizada em alguns bairros da cidade, ou em algumas cidades, e não possuí esse carácter permanente de quase todos os anos com epidemias mais intensas como ocorre com a dengue", explicou o infectologista.
Sobre os casos de zika, houve uma redução de 51,9% no número de notificações (13) em relação ao mesmo período do ano passado (27). Segundo a secretaria, os 13 casos notificados no estado estão distribuídos entre a capital e as regiões Metropolitana I, Noroeste Fluminense, Baixada Litorânea e Médio Paraíba.
“Nós tivemos um período de relativa reclusão das pessoas em casa, que em tese, estariam se protegendo melhor, cuidando do seu espaço, já que a transmissão do vírus da dengue ocorre em uma frequência muito elevada no ambiente doméstico. Imagina que essas pessoas com a circulação e mobilidade restrita, causados pela pandemia da covid-19, também ajuda a contribuir com os cuidados para que os focos da dengue não ocorram. Com a redução marcante dos números de casos de covid, gradualmente, a sociedade vem retomando sua dinâmica anterior, isso vale inclusive para a mobilidade das pessoas e, esses deslocamentos ajudam as pessoas a entrarem em contato com o mosquito transmissor", disse Venâncio.
Conforme o infectologista, é de recomendação fundamental que exista um vigoroso sistema de vigilância para monitorar quais ou qual o sorotipo da dengue que está circulando no estado. A importância de um sistema de vigilância permitirá o entendimento da circulação do vírus, e identificar a existência de uma nova elevação de casos quando temos a introdução de um novo sorotipo em determinadas localidades.
"É de extrema importância a vigilância desses casos clinicamente suspeitos de dengue seja feito de forma rigorosa e vigorosa, procurando fazer o diagnóstico de qual sorotipo está circulando e claro, dando um suporte clinico precoce, em tempo hábil, para as pessoas que necessitam de assistência clínica", afirmou, Rivaldo Venâncio.
Somente na capital, foram contabilizados mais de mil casos nos primeiros entre janeiro e abril, número superior ao total de casos em 2021. Duas pessoas morreram em decorrência da doença.
Segundo o médico infectologista e coordenador de Vigilância em Saúde e Laboratórios de Referência da Fiocruz, Rivaldo Venâncio, embora os dados mostrem elevação do número de casos, o estado, em especial a Região Metropolitana do rio e a capital, ainda se encontram em patamares bem inferiores se comparado aos dados de anos anteriores, onde houve registro de mais de 120 mil casos.
Além da capital, houve um aumento de casos notificados nas regiões Metropolitana I, Norte Fluminense, Noroeste Fluminense, Serrana, Centro-Sul Fluminense e Baía da Ilha Grande. Nas demais regiões houve redução no número de casos.
Apesar da crescente do número de casos de dengue, houve uma redução de 18% nos casos de chikungunya, no mesmo período. Em 2022, foram notificados 150 casos prováveis da doença, enquanto em 2021, no mesmo período, foram registrados 183 casos. De acordo com a SES, foi registrado aumento do número de casos notificados na capital e na região Noroeste Fluminense. Já nas demais regiões houve redução ou estabilização no número de casos. I
"A chikungunya ela tem um comportamento de circulação de vírus diferente do da dengue. Ao contrário do que se via das epidemias de dengue, que passa por uma cidade inteira abrangendo todos os bairros da cidade, a chikungunya não é desse jeito. Ela é focalizada em alguns bairros da cidade, ou em algumas cidades, e não possuí esse carácter permanente de quase todos os anos com epidemias mais intensas como ocorre com a dengue", explicou o infectologista.
Sobre os casos de zika, houve uma redução de 51,9% no número de notificações (13) em relação ao mesmo período do ano passado (27). Segundo a secretaria, os 13 casos notificados no estado estão distribuídos entre a capital e as regiões Metropolitana I, Noroeste Fluminense, Baixada Litorânea e Médio Paraíba.
“Nós tivemos um período de relativa reclusão das pessoas em casa, que em tese, estariam se protegendo melhor, cuidando do seu espaço, já que a transmissão do vírus da dengue ocorre em uma frequência muito elevada no ambiente doméstico. Imagina que essas pessoas com a circulação e mobilidade restrita, causados pela pandemia da covid-19, também ajuda a contribuir com os cuidados para que os focos da dengue não ocorram. Com a redução marcante dos números de casos de covid, gradualmente, a sociedade vem retomando sua dinâmica anterior, isso vale inclusive para a mobilidade das pessoas e, esses deslocamentos ajudam as pessoas a entrarem em contato com o mosquito transmissor", disse Venâncio.
Conforme o infectologista, é de recomendação fundamental que exista um vigoroso sistema de vigilância para monitorar quais ou qual o sorotipo da dengue que está circulando no estado. A importância de um sistema de vigilância permitirá o entendimento da circulação do vírus, e identificar a existência de uma nova elevação de casos quando temos a introdução de um novo sorotipo em determinadas localidades.
"É de extrema importância a vigilância desses casos clinicamente suspeitos de dengue seja feito de forma rigorosa e vigorosa, procurando fazer o diagnóstico de qual sorotipo está circulando e claro, dando um suporte clinico precoce, em tempo hábil, para as pessoas que necessitam de assistência clínica", afirmou, Rivaldo Venâncio.
Já para o infectologista Celso Ramos Filho, para um estado com uma quantidade populacional grande como o Rio, o numero de casos é relativamente baixo. "O estado do Rio de Janeiro tem uma população significativamente grande, é preciso avaliar melhor do que somente por, mais até do que por região, por município e dependendo do município por região administrativa, e avaliar isto com os dados do LIRAa (Levantamento Rápido de Índices para Aedes Aegypti). Em geral, quando esse índice se encontra alto, vem com uma grande infestação predial e indica a possibilidade de um aumento de transmissão" explicou.
As secretarias alertam para os cuidados que a população deve ter para evitar a proliferação da doença. São eles:
· Limpar e esvaziar os pratos dos vasos de planta;
· Manter a caixa d'água e cisterna bem fechadas;
· Não deixar garrafas e pneus em locais que possam acumular água
As secretarias alertam para os cuidados que a população deve ter para evitar a proliferação da doença. São eles:
· Limpar e esvaziar os pratos dos vasos de planta;
· Manter a caixa d'água e cisterna bem fechadas;
· Não deixar garrafas e pneus em locais que possam acumular água
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