CasaNem pede doações para pessoas LGBTQIA+ em vulnerabilidadeDivulgação
Publicado 04/05/2022 17:18 | Atualizado 04/05/2022 17:27
Rio - A CasaNem, centro de acolhimento destinada ao público LGBTQIA+ em situação de rua e vulnerabilidade, localizado no Flamengo, na Zona Sul do Rio, precisa de ajuda para continuar aberta. O espaço, lar há mais de 7 anos de pessoas trans e travestis no Rio, enfrenta uma crise financeira e pode encerrar as atividades por falta de verba para manutenção, entre elas, alimentação e itens básicos de higiene.

Devido à situação delicada, a organização não governamental lançou a campanha "CasaNem, Casa viva!". O valor arrecadado será destinado às contas fixas de manutenção da casa com infraestrutura, higiene e limpeza, alimentação e administração. O coletivo tem como uma das metas da campanha, a expansão das ações sociais para o público LGBTIA+.

O trabalho da ONG se estende para além da comunidade LGBTQIA+, com a entrega de cestas básicas para moradores de rua, materiais de higiene, alfabetização de pessoas trans, preparação para o ensino superior e outras atividades.

A CasaNem também promove a luta por direito à moradia e direito à cidade com geração de renda de famílias que o governo federal,municipal e estadual as tem completamente excluídas dos projetos de inclusão social existentes na atualidade.

"O encerramento das atividades será um caos na vida de toda a rede de pessoas as quais a CasaNem está ligada direta ou indiretamente. Pois elas não possuem acesso aos programas sociais do governo, devido a diversas burocracias. Precisamos reverter a situação da CasaNem que se tornou símbolo de resistência da comunidade LGBTQIA+ no Brasil e tornou-se referência para vários movimentos sociais, principalmente, durante a pandemia. O mundo conhece nossa história", diz a ativista e fundadora da "Casa Nem" Indianarae Siqueira.

Além da casa de acolhimento, a ONG mantém diversas outras ações que além de ajudar a todos da comunidade LGBTQIA+ ainda ajudam a arrecadar dinheiro para continuar com os projetos.
Dentre eles, estão instituições como a Casa Dulce Seixas, sendo a 1° Casa De Acolhimento da Baixada Fluminense, e Casa de Direitos da Baixada em São João de Meriti. O coletivo também promove ocupações urbanas como a OcupaçãoAlmirante João Cândido, em um prédio no Saara abandonado a mais de 10 anos, a Ocupação Anyky Lima em Copacabana, a Ocupação Dandara em Irajá/Coelho Neto e a Ocupação Cultural Menino Benjamim Filho no centro.
Além de abrigar e acolher, a organização promove inserção e capacitação por meio do pré-vestibular social com o PreparaNem, que começou como um curso de vestibular e hoje também prepara para o Enem. Nele, toda comunidade que vive no abrigo pode se preparar para tentar vaga em uma universidade pública.
Outro projeto é o KuzinhaNem, curso de gastronomia voltado totalmente para a cozinha vegana. Os itens produzidos no curso são vendidos através de delivery e toda renda arrecadada é voltada para manter os projetos e o abrigo da CasaNem.

Como ajudar
Segundo a idealizadora do evento, nos dias 28 e 29 de junho, será realizado o Festival Be Yourself no Circo Voador para angariar fundos. O evento contará com a participação de artistas como Carol Conka , Winderson Nunes, Mc Xuxu , Rafaela Vilella, Mulher Banana , Cariucha , Brisa Flow, entre outros já confirmados.

Para ajudar a manter a CasaNem aberta e todos os seus projetos em andamento, é possível colaborar com a benfeitoria permanente, com valores a partir de R$ 20 mensais. As doações também podem ser feitas por transferência bancária ou Pix (grupotransrevolucao2009@gmail.com).
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