Publicado 13/05/2022 10:27 | Atualizado 13/05/2022 10:29
Rio - Um atleta de 14 anos do Flamengo afirma que foi agredido, no dia 17 de março, durante um treino de judô dentro do clube. A Polícia Civil investiga o caso que foi registrado, dois dias depois, na 22ª DP (Penha) e encaminhado à 15ª DP (Gávea). Segundo a vítima, os agressores trataram a situação como um "batismo" na academia.
O jovem alega ter sido enforcado com quimono, além de ter levado tapas e chutes de outros atletas. O laudo do exame de corpo de delito do Instituto Média Legal (IML) aponta que ele ficou com uma mancha roxa no nariz e escoriações no lado esquerdo do rosto. A vítima afirma que o autor é o judoca Daniel Nazaré, de 21 anos. Até o momento, ele não foi ouvido no inquérito.
No registro de ocorrência, foi informado que o jovem agredido pratica judô desde os três anos de idade, entrando no Flamengo aos cinco e sendo graduado com a faixa roxa. Também foi declarado que ele costuma treinar com atletas mais velhos. Por isso, já conhecia Daniel Nazaré, faixa preta, com quem já tinha treinado em outras ocasiões. No dia das supostas agressões, ele era o único abaixo de 15 anos no local.
O momento foi detalhado em um trecho do registro. "Que durante esse treino, Daniel Nazaré o entrelaçou o kimono no seu pescoço o imobilizando. Que pediu para Daniel parar, mas ele não obedeceu. Que enquanto imobilizava o declarante, Daniel deu mocas em sua cabeça e apertou o seu nariz para que não respirasse. Que quase perdeu a consciência. Que, enquanto era imobilizado por Daniel, outros atletas, que não sabe dizer os nomes, o agrediram com socos e tapas. Que Daniel permaneceu agredindo o declarante por cerca de quatro minutos".
Depois disso, Daniel teria dito que o aconteceu foi uma espécie de "batizado". A vítima foi atendida no Hospital Estadual Getúlio Vargas, na Penha.
O Flamengo informou, através de sua assessoria, que o caso foi resolvido internamente e que os dois atletas treinam juntos, normalmente.
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