Publicado 24/05/2022 08:14
Rio - A Secretaria Municipal de Educação (SME) informou, na manhã desta terça-feira, que 19 unidades escolares estão com as portas fechadas na região da Penha, Zona Norte do Rio. A paralisação é motivada pela operação policial que acontece na Vila Cruzeiro. Segundo a Polícia Militar, uma moradora e 21 suspeitos foram mortos e duas pessoas que ficaram feridas, todos socorridos para o Hospital Estadual Getúlio Vargas.
Ainda de acordo com a secretaria, os alunos estão tendo atividades realizadas de maneira remota. A medida de segurança segue o protocolo previsto e tem o objetivo de não expor funcionários e estudantes aos riscos. A pasta não informou quais escolas e a quantidade de alunos afetados.
Além das escolas, as Clínicas da Família Felippe Cardoso e Klebel De Oliveira Rocha estão funcionando apenas com atividades internas.
De acordo com a PM, os agentes do Batalhão de Operações Especiais (Bope), da Polícia Federal (PF) e da Polícia Rodoviária Federal (PRF) foram atacados a tiros quando iniciavam a operação. Criminosos teriam atirado do alto da Vila Cruzeiro e a mulher foi atingida na Chatuba, comunidade vizinha do conjunto de favelas da Penha. A área foi isolada por uma equipe da Unidade de Polícia Pacificadora (UPP) para perícia da Delegacia de Homicídios da Capital (DHC).
O objetivo da ação era localizar e prender lideranças da facção criminosa, o Comando Vermelho, que estariam escondidos na comunidade e que atuam no Rio de Janeiro e em outros estados do país como Alagoas, Bahia e Pará.
Tiroteio assusta moradores
Segundo relatos de moradores em redes sociais, houve registros de intensos confrontos na área de mata. "Chapa quentíssima na Vila Cruzeiro", alertou um. "Tiroteio desde 3 horas da manhã na Penha. Ninguém tem paz nessa cidade", disse outro.
"Se você está deitado em sua cama nesse momento, você é privilegiado sim. Aqui na favela, já tem gente deitado no chão, no corredor, no beco e/ou no cantinho considerado mais seguro da casa. Não temos paz!", comentou mais um.
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