Publicado 30/05/2022 12:39
Rio - A mulher que estava no carro com o ex-assessor do vereador Gabriel Monteiro, Vinícius Hayden Witeze, informou, em depoimento à Polícia Civil obtido pelo DIA, que o carro apresentou problema mais de uma vez durante a viagem à Nova Friburgo, Região Serrana do Rio. Segundo a testemunha, eles abasteceram três vezes, sendo a primeira em um posto na Avenida Washington Luiz, onde ela acredita que o veículo começou a apresentar problemas porque a gasolina estava adulterada.
Ao perceberem que tinha algo errado após a primeira parada, de acordo com o depoimento da testemunha, Vinícius decidiu parar para abastecer em um posto de confiança com bandeira, na Ponte da Saudade, já em Nova Friburgo. Depois disso, ela afirmou que eles não perceberam mais nenhuma alteração no desenvolvimento do carro. Posteriormente, assim que saíram para Teresópolis, Região Serrana do Rio, chegaram a abastecer novamente, mas em um posto sem bandeira confiável. Em seguida, logo notaram que o carro começou a dar problemas de novo, o que levou Vinícius a achar que o problema realmente era a qualidade da gasolina.
Ainda segundo o depoimento dela, eles fizeram praticamente todo o trajeto na estrada em marcha lenta, porque o veículo estava sem força para desenvolver. A testemunha declarou que Vinícius chegou a alterar o comando da marcha para o manual, mas acabou voltando para o automático porque não fez 'diferença'. Ela também disse acreditar que, pela falta de sinalização e iluminação na estrada, Vinícius não enxergou a curva e capotou, sendo esse o principal motivo do acidente. "Durante todo o trajeto ele se queixava pela falta de sinalização na estrada e que esta era muito perigosa. Chegou a mencionar o acidente que o Deputado Glauber Braga também sofreu nela", diz parte do depoimento.
O acidente
Vinícius morreu na noite de sábado (28), na estrada RJ-130, que liga Teresópolis a Nova Friburgo, na Região Serrana. A mulher que estava em seu carro não teve o nome divulgado e foi encaminhada para o Hospital das Clínicas de Teresópolis. Em depoimento, ela afirmou que achou estranho ele não passar pelo setor de trauma do hospital e que soube que ele tinha morrido através de uma notícia no Facebook.
A Polícia Civil informou que por requisição do delegado titular da 110ª DP (Teresópolis), onde o caso foi registrado, "foi designada pelo diretor do Departamento-Geral de Polícia Técnico-Científica uma equipe do Instituto de Criminalística Carlos Éboli para em conjunto com peritos de Teresópolis realizarem uma perícia que constate eventual adulteração na parte mecânica, elétrica ou do sistema de alimentação de combustível que pudesse contribuir para a ocorrência do acidente".
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