Gustavo Lima, advogado de Gabriel Monteiro, precisou deixar o Cemitério Municipal de Mesquita, onde ex-assessor estava sendo veladoCléber Mendes
Publicado 30/05/2022 16:42
Rio - A mãe de Vinícius Hayden Witeze, ex-assessor do vereador e youtuber Gabriel Monteiro, morto em um acidente automobilístico na estrada RJ-130, entre Teresópolis e Nova Friburgo, na Região Serrana do Rio, Íris Hayden disse não acreditar que o acidente esteja relacionado ao parlamentar. Na tarde desta segunda-feira (30), durante o velório do filho, no Cemitério Municipal de Mesquita, na Baixada Fluminense, ele afirmou que o caso foi uma fatalidade.
"De jeito nenhum. Não creio que o Gabriel tenha alguma coisa com isso. Para mim, foi uma fatalidade. Aconteceu. O Gabriel Monteiro não tem nada a ver com isso. Foi realmente uma fatalidade. Infelizmente, ele foi imprudente na direção. Essas coisas acontecem", afirmou a mãe do ex-assessor quando foi questionada sobre possível envolvimento do parlamentar.
Ainda segundo a mãe de Witeze, o filho evitava conversar sobre política com a família: "Ele estava comigo, sempre na minha casa. Foi muito presente. Eu evitava conversar sobre aparte política dele. Evitava me envolver nisso. Era só conversa com coisa de mãe e de filho: ‘Você vem almoçar agora, vem lanchar’, essas coisas A política ficava do lado de fora da porta. Eu creio em Deus e creio que Ele jamais permitiria que algum ser humano fizesse mal contra meu filho".
Expulso do cemitério 
Ainda durante o velório, aos gritos de "traidor", "traíra", "vai embora seu lixo" e "você não era amigo dele", Gustavo Lima, advogado do parlamentar, precisou deixar o cemitério onde ocorria o velório do ex-assessor de Monteiro. Cerca de 60 pessoas estavam no local.
"Fui ao enterro em nome próprio, pois sou amigo do Vinícius há quase vinte anos. Lamentavelmente, algumas pessoas que não o conhecem há mais que um ano, não souberam respeitar a dor dos seus verdadeiros amigos e da sua mãe, que, inclusive, me mandou mensagem indignada com o ocorrido e dizendo que, se tivesse me visto chegar, teria me dado um abraço", comentou Lima.
 
Na última semana, o Conselho de Ética da Câmara do Rio ouviu de Witeze e Heitor Nazaré Neto, ex-assessores de Gabriel, que estavam recebendo ameaças de morte. Na sexta-feira (27), Witeze chegou a telefonar para o gabinete da presidente da comissão de Direitos Humanos da Câmara, vereadora Teresa Bergher, pedindo que a casa disponibilizasse segurança para ele.
"O Vinícius nos procurou na sexta-feira à tarde pedindo segurança. Nós pedimos que ele fizesse a solicitação por escrito, apontando as razões. Ele nos disse que, na segunda-feira, estaria levando esse pedido à Câmara inclusive com provas. Então, nós só podemos lamentar o que aconteceu. Estamos todos muito tristes, chocados com a morte deste rapaz que nos parecia bastante articulado e muito educado", lamentou Teresa.
*Com Cléber Mendes
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