Publicado 01/06/2022 19:13 | Atualizado 02/06/2022 14:14
Rio - Um levantamento da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) mostra que os casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) voltaram a crescer no fim de maio, entre adultos. O estudo mostra que a covid-19 já responde por 59,6% dos casos de SRAG em todo país. De acordo com novo Boletim InfoGripe Fiocruz, divulgado nesta quarta-feira (1), na 21 Semana Epidemiológica (SE), período de 22 a 28 de maio, o Estado do Rio registrou 479 casos de SRAG. O número é 72% maior do que os casos registrados na Semana Epidemiológica 18.
De acordo com o pesquisador Marcelo Gomes, coordenador do InfoGripe, no cenário nacional a SRAG é bastante preocupante e apresenta um sinal muito claro de crescimento cada vez mais acelerado. Ele observa, porém, que nas crianças pequenas a infecção se dá fundamentalmente por outros vírus respiratórios, que não o coronavírus. Já no caso dos adultos, o crescimento está ligado diretamente à doença da covid-19.
"Há crescimento dos casos semanais, especialmente na população adulta, e no Rio de Janeiro não é diferente. A gente tem um sinal claro de aumento. Nas crianças pequenas, a gente tem uma estabilização de um patamar elevado de uma situação que vem desde fevereiro. No restante da população, a gente começa a ver a partir de abril e maio a retomada do crescimento associada à covid-19", explicou o pesquisador.
Retomada de cuidados
Ainda de acordo com Gomes, o dado estadual mostra claramente a retomada do crescimento e o processo de aceleração nas diferentes faixas etárias da população adulta. Quando são avaliados os dados dos residentes da capital, o crescimento é visto nos números, mesmo que sem tanta força em comparação com o dados do estado. Conforme a Secretaria Estadual de Saúde, o Estado do Rio tem 2.198.247 casos confirmados de covid-19, sendo 4.943 nas últimas 24 horas. Os óbitos registrados somam 73.830 pessoas.
"Se essa situação já está acontecendo nos demais municípios do estado do Rio de Janeiro, mais cedo ou mais tarde a gente tende a observar o mesmo sinal aqui na capital do Rio. Até porque, apesar de não estar com a mesma velocidade, a gente já observa em diversas faixas etárias o crescimento das infecções na capital", comentou Gomes.
O pesquisador alerta para a importância da retomada de cuidados básicos simples, como o uso de máscara em locais fechados, no transporte público (ônibus, metrô, trens e barcas) e no transporte coletivo individual também. "Mas, além disso, há a questão da vacinação. A dose de reforço que muitos adultos ainda não tomaram. É fundamental que a gente esteja com o calendário em dia, aproveitando que agoraos adolescentes também podem tomar o reforço. Nas crianças pequenas, aqueles pais que ainda não levaram seus filhos para iniciar o ciclo da vacinação da covid não devem deixar pra depois", ressaltou.
Dados nacionais
Nas quatro últimas semanas epidemiológicas, conforme a Fiocruz, a prevalência entre os casos como resultado positivo para vírus respiratórios no Brasil foi de 4,0% influenza A, 0,4% influenza B, 25,1% vírus sincicial respiratório e 59,6% Sars-CoV-2. Entre os óbitos, a presença destes mesmos vírus entre os positivos foi de 1,6% influenza A, 0.0% influenza B, 4,1%vírus sincicial respiratório, e 91,1% Sars-CoV-2.
Uso de máscara no município continua facultativo
De acordo com a prefeitura, as recomendações sanitárias da Secretaria Municipal de Saúde (SMS) são baseadas em evidências científicas e no cenário epidemiológico, que até o momento segue na classificação de baixo nível comunitário de covid-19. "Há uma oscilação no número de casos confirmados nos últimos 30 dias, porém em um nível muito baixo. Não foi observado aumento na taxa de óbitos", diz nota da SMS.
Ainda de acordo com a SMS, o Comitê Especial de Enfrentamento à Covid-19 do Rio está atento a este cenário e, por ora, o uso de máscara na cidade é facultativo. A orientação de uso é para as seguintes situações: por pessoas com sintomas de síndrome gripal; e como medida de proteção individual para uso por pessoas imunodeprimidas ou com comorbidades de alto risco.“
A Secretaria Municipal de Saúde do Rio reforça constantemente a importância da atualização da vacinação contra covid-19. A vacina está disponível para todos os públicos convocados até o momento, para crianças entre 5 e 11 anos são duas doses; adolescentes (a partir de 12 anos) e adultos devem ter ainda o reforço. Já os idosos com 60 anos ou mais devem receber até a segunda dose de reforço, respeitando o intervalo de quatro meses entre as doses”, informou a SMS.
Positividade dos testes
A Secretaria de Estado de Saúde (SES) informou que, de acordo com o Panorama Covid-19 publicado na última sexta-feira (27), o número de atendimentos a casos de síndrome gripal em UPAs teve um aumento de 9% em relação à semana anterior. Na semana de 15 a 21 de maio, foram em média 374 atendimentos diários de pacientes com síndrome gripal, sendo 237 pediátricos. Na semana de 8 a 14 de maio, a média diária de atendimentos foi de 344, sendo 221 pediátricos.
Atualmente, conforme a SES, os atendimentos pediátricos representam o dobro dos atendimentos de adultos na média diária dos registros de síndrome gripal feitos nas Unidades de Pronto Atendimento (UPAs) da rede estadual. Nesta época do ano, a maior parte das internações é causada por bronquiolites, associado ao fato de as crianças terem ficado isoladas por muito tempo e fora do convívio coletivo durante a pandemia da Covid-19.
Ainda de acordo com o governo estadual, no período de 15 a 21 de maio, foram realizados 20.451 testes para Covid-19, sendo 17.545 exames tipo antígeno e 2.906 RT-PCR. A taxa de positividade de RT-PCR está em 15%, quando se calcula a média móvel de sete dias no período de 15 a 21 de maio. Usando o mesmo cálculo, entre 8 e 14 de maio, a positividade estava em 20,4% e entre 1º e 7 de maio esteve em 13,9%. Na mesma metodologia e período, a positividade dos testes de antígeno está em 18,4% e, nas duas semanas anteriores, esteve em 15,6% (de 8 a 14 de maio) e 12,8% (1º e 7 de maio).
A SES esclareceu que acompanha diariamente o número de atendimentos nas emergências e nas Unidades de Pronto Atendimento (UPAs) da rede estadual para verificar possível aumento na demanda e atua com um plano de contingência que prevê a ativação de níveis a partir de determinados cenários epidemiológicos. Com base nesse plano, em cada nível de ativação, são definidas as medidas de enfrentamento que serão tomadas para conter o avanço da Covid. Havendo necessidade de ampliação de leitos, a Secretaria conta com um cronograma escalonado para reversão dos leitos de Covid-19, que com a baixa na transmissão da doença, foram revertidos para atender casos clínicos.
O Decreto nº 47.973, publicado pelo Governo do Estado no dia 3 de março, facultou aos municípios a flexibilização do uso de máscara em lugares fechados, em função da alta cobertura vacinal no Rio de Janeiro. Dessa forma, cabe aos gestores municipais a decisão de liberar ou não o uso do equipamento de proteção individual em ambientes fechados de acordo com o cenário epidemiológico de seus territórios.
A SES ressaltou que as pessoas que desejarem continuar usando máscara em locais fechados ou abertos podem fazê-lo. E recomenda que quem apresentar sinais e sintomas respiratórios deve manter o uso da máscara se for entrar em contato com outras pessoas. A Secretaria recomenda, ainda, que essas pessoas sigam as medidas de contenção recomendadas durante a pandemia, como o isolamento social, para evitar a propagação do vírus.
Atualmente, conforme a SES, os atendimentos pediátricos representam o dobro dos atendimentos de adultos na média diária dos registros de síndrome gripal feitos nas Unidades de Pronto Atendimento (UPAs) da rede estadual. Nesta época do ano, a maior parte das internações é causada por bronquiolites, associado ao fato de as crianças terem ficado isoladas por muito tempo e fora do convívio coletivo durante a pandemia da Covid-19.
Ainda de acordo com o governo estadual, no período de 15 a 21 de maio, foram realizados 20.451 testes para Covid-19, sendo 17.545 exames tipo antígeno e 2.906 RT-PCR. A taxa de positividade de RT-PCR está em 15%, quando se calcula a média móvel de sete dias no período de 15 a 21 de maio. Usando o mesmo cálculo, entre 8 e 14 de maio, a positividade estava em 20,4% e entre 1º e 7 de maio esteve em 13,9%. Na mesma metodologia e período, a positividade dos testes de antígeno está em 18,4% e, nas duas semanas anteriores, esteve em 15,6% (de 8 a 14 de maio) e 12,8% (1º e 7 de maio).
A SES esclareceu que acompanha diariamente o número de atendimentos nas emergências e nas Unidades de Pronto Atendimento (UPAs) da rede estadual para verificar possível aumento na demanda e atua com um plano de contingência que prevê a ativação de níveis a partir de determinados cenários epidemiológicos. Com base nesse plano, em cada nível de ativação, são definidas as medidas de enfrentamento que serão tomadas para conter o avanço da Covid. Havendo necessidade de ampliação de leitos, a Secretaria conta com um cronograma escalonado para reversão dos leitos de Covid-19, que com a baixa na transmissão da doença, foram revertidos para atender casos clínicos.
O Decreto nº 47.973, publicado pelo Governo do Estado no dia 3 de março, facultou aos municípios a flexibilização do uso de máscara em lugares fechados, em função da alta cobertura vacinal no Rio de Janeiro. Dessa forma, cabe aos gestores municipais a decisão de liberar ou não o uso do equipamento de proteção individual em ambientes fechados de acordo com o cenário epidemiológico de seus territórios.
A SES ressaltou que as pessoas que desejarem continuar usando máscara em locais fechados ou abertos podem fazê-lo. E recomenda que quem apresentar sinais e sintomas respiratórios deve manter o uso da máscara se for entrar em contato com outras pessoas. A Secretaria recomenda, ainda, que essas pessoas sigam as medidas de contenção recomendadas durante a pandemia, como o isolamento social, para evitar a propagação do vírus.
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